A política partidária no Brasil
é mesmo uma rica fonte de gozação para os que exercem essa atividade em países
sérios. Nesse sentido, basta ver a copiosidade de partidos novos e totalmente
vazios em matéria de ideologia. Tem sido de tal monta o abuso na criação dessas
inutilidades que alguns políticos saudosistas e sérios têm se esmerado, em todo
o país, com o objetivo de trazer de volta os velhos partidos, velhos sim, mas
que tinham conteúdo ideológico e filosofia própria. Por conta disso, já se
tentou reativar o ex-poderoso PSD, o maior dos anos 40,50 e 60. Infelizmente, o
que tem se visto é que o PSD de hoje não passa de uma caricatura do PSD de
Juscelino Kubitscheck.
No sábado passado (06), em Fortaleza, o
ex-vereador José do Carmo, que comandou o PSL por muitos anos, reuniu
vereadores, ex-vereadores, dirigentes de partidos e outros, visando a
refundação da velha União Democrática – UDN, que tinha como lema a “eterna vigilância”,
e que acolhia alguns dos brasileiros mais sérios, como o único marechal-do-ar
Eduardo Gomes. Um pouco de vigilância seria bom para o nosso país.
Aproveitando a onda de
“ressurreições” de antigas instituições, a novidade dessa vez vem da parte de
um dos maiores economistas do nosso estado, Lima Matos, e que foi um dos
grandes titulares da Secretaria da Fazenda do Estado. Falando à imprensa e
lideranças políticas a respeito dos problemas de fomento de produção, ele
defende com todos os argumentos a refundação do antigo Banco do Estado do Ceará
– BEC, que a seu ver foi de grande importância na concretização de grandes
projetos e na liberação de crédito rural e comercial no Ceará.
O BEC, segundo todos
recordamos, mesmo tendo sido um banco de grande utilidade para muitos dos
setores econômicos do estado, terminou sendo vendido, e sob uma verdadeira
torrente de acusações de favorecimento apessoas privilegiadas, o que gerou até
mesmo a instalação de uma barulhenta e espalhafatosa CPI na Assembleia
Legislativa.
Para Lima Matos, o Estado do
Ceará precisa e tem condições de possuir o seu banco de fomento. Até mais do
que muitos outros estados, dizemos nós.
Nenhum comentário:
Postar um comentário