segunda-feira, 24 de agosto de 2020

PRETO NO BRANCO - Coluna da semana

 

                            SEM VOCAÇÃO PARLAMENTAR

         O polêmico julgamento, pela Plenário da Assembleia Legislativa do Ceará, que resultou na suspensão, por 30 dias, do mandato do deputado André Fernandes, do Republicanos, poderá não ter sido totalmente inútil para a história daquela Casa do povo. Em primeiro lugar, porque serviu como séria advertência para que outros parlamentares sejam mais cautelosos e responsáveis em seus atos e participações na tribuna. Isso porque  não fosse a decisão da esmagadora maioria dos deputados, e André fosse absolvido, estaria sendo escancarado o portão para que outros  parlamentares viessem a público para denegrir e acusar sem base, sem provas.

         Em segundo plano, e isso foi bastante ilustrativo, a votação da suspensão de André não caracterizou qualquer tipo de confronto entre blocos, partidos, ou deputados individualmente, de governistas contra oposicionistas. Prevaleceu, portanto, a preocupação com a moralidade, o zelo pela Casa, o respeito pelos membros da Assembleia, pelo decoro parlamentar. Diante dessa situação, não há nenhum motivo para que André Fernandes e seus defensores, principalmente, bolsonaristas e evangélicos, venha a público para ver na decisão de 29 parlamentares qualquer motivação política ou partidária.  

         Um ponto, entretanto, não deixa de chamar à atenção dos que acompanharam esse processo e seu esperado epílogo: a maneira como alguns dos deputados que votaram contra a punição justificaram seus votos: para Heitor Férrer (SD), houve, da parte de André equívoco em seu comportamento; para Carlos Felipe (PCdoB), André pecou pela imaturidade; quanto à deputada Silvana (PL) ele é digno de misericórdia. É bom que se diga que o Poder Legislativo Estadual não tem lugar para parlamentares que, uma vez eleitos se revelam equivocados em seus atos, sem maturidade, e principalmente, necessitados de misericórdia.

CURTO-CIRCUITO

OS MALES DAS ALIANÇAS

A proibição de alianças partidárias para o Legislativo foi um acerto. Exemplo disso é o caso do deputado Walter Cavalcante, presidente do MDB de Fortaleza, que desistiu de pedir licença para ajudar à sigla, já que esbarrou na impossibilidade de dar a vaga para o quarto suplente emedebista Rafael Branco, já que o 2º e o 3º suplente são de outros partidos.

ACORDO

Para o deputado Walter Cavalcante, não houve acordo entre esses suplentes, e a licença vai ter eu ficar para o próximo ano. Isso vem provar que alianças, nesse campo não representa garantia de harmonia entre aliados.

PARTIDO “SUICIDA”

 Tendo em vista o pleito municipal de novembro, o clima predominante entre todos os partidos, e principalmente, detentores de mandatos, no caso da Câmara Municipal de Fortaleza, é de muitas incertezas. Como exemplo, vereadores do PDT, e que lutam pela reeleição, têm classificado de “suicida” a maneira como o comando dessa sigla incluiu, para disputar cadeiras daquela Casa ex-vereadores e ex-deputados possuidores de grandes reservas de votos. Com isso, pelo menos metade da atual bancada pedetista, que representa 40% dos vereadores, não escondem a sua preocupação com a ameaça de não reeleição. 

VARJOTA I

 No momento em que se aproxima o apagar das luzes da segunda administração do prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, torna-se muito justo destacarem-se algumas de suas mais importantes realizações.  Uma das iniciativas mais exitosas de RC tem a ver com a amplitude do seu projeto de modernização do Bairro da Varjota.

VARJOTA II

Varjota, considerado um dos mais importante Polo Gastronômico de Fortaleza, assim como de todo o Nordeste, é hoje referência como equipamento turístico. Com drenagem, saneamento básico, paisagismo, saneamento moderno e outros, a Varjota é  o “brinco de ouro” da Loura Desposada do Sol.   

CAMPANHA SEM PROMESSAS

 No pleito eleitoral deste ano, pelo menos em um ponto todos os partidos, e, principalmente, todos os candidatos já sabem que têm um ponto em que não poderão cometer erros.  Trata-se da proibição de promessas difíceis de serem cumpridas. A advertência vem do próprio Governo do Estado, que, em Decreto dos mais sérios, age para redução de gastos diante da diminuição de arrecadação do Governo e que atinge despesas estaduais e municipais.

                     UMAS & OUTRAS

FUNDEB NO SENADO I

 Por determinação do presidente do Senado Federal Davi Alcolumbre, ficou para esta terça-feira a votação do Fundeb Permanente. Segundo justifica o presidente, trata-se de estratégia para que haja chances para senadores apresentarem mais sugestões que beneficiem a matéria.

FUNDEB NO SENADO II

Entre estas, a proposta para que seja aumentado em 13 pontos percentuais a participação da União no montante de recursos para o Fundeb. Por se tratar da maior chance de todos os tempos para se salvar a educação básica do país, o empenho da Mesa do Senado é pela participação de todos os senadores na importante votação.

EXPLICAÇÕES DE GUEGES

O ministro da Economia, Paulo Guedes deverá ter que comparecer perante o Senado Federal, para que ofereça explicações àquele parlamento, por ter acusado os seus componentes de cometerem um “grande crime contra o país”, ao votarem pela derrubada do veto do presidente Jair Bolsonaro a decisão contra o congelamento de salários de servidores públicos até o final de 2021.

CONGELAMENTO

Em sua maioria, os senadores entendem que há tempos não se dá um reajuste salarial aos servidores públicos Federais que nem direito vêm tendo de uma simples correção monetária com base no baixíssimo nível da inflação do país nesta era do real.

QUE MORAL É ESSA?

 No nosso país, em matéria de incongruência e de inconsequência em termos políticos, praticamente não se pode mais ser surpreendido por nada. Agora mesmo, a imprensa política, inclusive, em várias emissoras de rádio, traz em destaque informações a respeito do momento político em Aquiraz. O fato é que, segundo pesquisa ali feita, o deputado Bruno Gonçalves, do PL, mesmo depois de ter causado escândalo com declarações sobre tramoias políticas, surge como favorito absoluto para a Prefeitura daquele Município. E quem garante a eleição dele é o “pai-pai” Acilon, há anos, chefão político maior daquela área.

    

 

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