Violência campeia nos quatro cantos do país

Pai é assassinado em frente a escola particular quando ia buscar os filhos

As crianças estão dentro da unidade para não verem o corpo; elas só podem sair acompanhadas pelos pais ou responsáveis

Correio Braziliense

Anderson Costolli , Amanda Carvalho - Especial para o Correio , Maryna Lacerda , Flávia Maia , Isa Stacciarini

O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas quando chegou no local, a vítima estava morta

Um homem de 51 anos foi morto em frente ao Colégio Rogacionista na QE 38 do Guará 2 quando ia buscar os dois filhos na escola, por volta das 12h desta terça-feira (2/2). O servidor público Eli Roberto Chagas foi abordado por um assaltante, ainda não identificado, que levou o seu carro, um Toyota Corolla, de cor prata, placa PAN-3286.

 

Policiais militares disseram que foram efetuados três disparos de arma de fogo e um acertou o pescoço da vítima. O carro era novo. A vítima o retirou da loja na manhã desta terça-feira. Até às 15h30, ele não havia sido localizado pela polícia.

O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas, quando chegou ao local, a vítima estava morta. A Polícia Militar informou que o suspeito conseguiu fugir e que estaria com uniforme escolar (o que ainda não foi confirmado). A Polícia Civil isolou a áera para a perícia.

 

A vítima morava na QE 26 do Guará II e era servidor de carreira do Senado Federal.

 

No local do crime, Carlos Roberto Chagas, primo da vítima, desabafou e pediu justiça: "Está cada vez mais difícil sair de casa em Brasília, a violência toma conta e nenhuma autoridade faz nada para essa situação mudar, hoje foi ele e amanhã? A morte dele não pode ficar impune".

 

O irmão da vítima também foi até a escola e, muito abalado, afirmou que Eli era o segundo irmão mais novo, nasceu em Brasília e era um homem tranquilo "Era um pai de família. Pegou o carro, passou em casa e foi buscar os filhos adolescentes, uma menina de 12  e um menino de 15 anos. Nunca fez nada de mal para ninguém, é indignante essa situação".

 

A direção reuniu todos os alunos e contou sobre a morte do funcionário público. Com os professores e demais funcionários, tdoso se reuniram no pátio da escola em uma roda de oração.