terça-feira, 4 de dezembro de 2018

UMA OAB MACHISTA


       Uma vez encerrados os agitados pleitos com que a Ordem dos Advogados do Brasil elegeu seus diretórios em todos os estados, uma grande decepção, um grande desencanto se abateu sobre todas as mulheres do país. Concluídas as eleições surgiram números que mostram uma OAB contaminada por um injustificável machismo. Em resumo, foram 70 advogados que disputaram a presidência da Ordem em 26 estados e no Distrito Federal.
Destes 70 candidatos apenas nove eram mulheres, e nenhuma delas conseguiu se eleger, sendo a maioria consolada com cargos secundários nas Seções Estaduais. Diante de tais absurdos, justifica-se a intenção de algumas profissionais do Direito do Ceará, no sentido do lançamento, no nosso estado, de uma ampla discussão a ser realizada nos demais estados, visando identificar a causa dessa minoria da classe de juíza de primeira entrância feminina nos cargos de comando da instituição. Isso porque, como argumenta a Dra. Socorro França, titular da Secretaria da justiça e Cidadania, não existe um único argumento que prove ser a mulher menos competente em qualquer dos níveis da Justiça. Ao que acrescentamos: seja como promotora ou juíza iniciante, advogada, desembargadora, ministra do STJ ou do STF, do TSE, ou até Ministra da Justiça. 
Fica a pergunta:  Por que essa dominação masculina numa instituição que, além de conhecimento jurídico, exige a presença da sensibilidade feminina para fortalecer e valorizar a defesa de uma sociedade que dela tanto necessita?

Nenhum comentário:

Postar um comentário

DESTAQUE

Cúpula Mundial sobre Transição Energética

Ceará será centro das discussões mundiais sobre transição energética Nos dias 28 e 29 de novembro, o Centro de Eventos do Ceará vai receber ...