Uma
vez encerrados os agitados pleitos com que a Ordem dos Advogados do Brasil
elegeu seus diretórios em todos os estados, uma grande decepção, um grande
desencanto se abateu sobre todas as mulheres do país. Concluídas as eleições
surgiram números que mostram uma OAB contaminada por um injustificável
machismo. Em resumo, foram 70 advogados que disputaram a presidência da Ordem
em 26 estados e no Distrito Federal.
Destes
70 candidatos apenas nove eram mulheres, e nenhuma delas conseguiu se eleger,
sendo a maioria consolada com cargos secundários nas Seções Estaduais. Diante
de tais absurdos, justifica-se a intenção de algumas profissionais do Direito
do Ceará, no sentido do lançamento, no nosso estado, de uma ampla discussão a
ser realizada nos demais estados, visando identificar a causa dessa minoria da
classe de juíza de primeira entrância feminina nos cargos de comando da
instituição. Isso
porque, como argumenta a Dra. Socorro França, titular da Secretaria da justiça
e Cidadania, não existe um único argumento que prove ser a mulher menos
competente em qualquer dos níveis da Justiça. Ao que acrescentamos: seja como
promotora ou juíza iniciante, advogada, desembargadora, ministra do STJ ou do
STF, do TSE, ou até Ministra da Justiça.
Fica a pergunta: Por que essa dominação masculina
numa instituição que, além de conhecimento jurídico, exige a presença da
sensibilidade feminina para fortalecer e valorizar a defesa de uma sociedade
que dela tanto necessita?
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