Nesses tempos cinzentos de coronavírus, a esperança, a paciência e a solidariedade
são os exercícios que mais temos de praticar. E ficar em casa para não se
contaminar e não contaminar o próximo é uma questão de responsabilidade.
A
manhã desta segunda-feira nos convida a novas reflexões e valerá a pena nos vestirmos em busca de
resignação , não importa se vestiremos uma bela roupa para ficarmos em casa.
Afinal de contas, é apenas uma faze, ruim, é verdade, mas vai passar. E, nesse
vazio que nos toma conta, mais uma vez,
valendo-me da companheira inseparável, a internet, encontrei essa pérola
que repasso pra vocês. Mas, antes, lembrando: Temos que ficar em casa!!!
"Colhe o Dia, porque És ele
Uns, com os olhos postos no passado,
Vêem o que não vêem: outros, fitos
Os mesmos olhos no futuro, vêem
O que não pode ver-se.
Por que tão longe ir pôr o que está perto —
A segurança nossa? Este é o dia,
Esta é a hora, este o momento, isto
É quem somos, e é tudo.
Perene flui a interminável hora
Que nos confessa nulos. No mesmo hausto
Em que vivemos, morreremos. Colhe
O dia, porque és ele."
Ricardo Reis, in "Odes"
Heterónimo de Fernando Pessoa
Vêem o que não vêem: outros, fitos
Os mesmos olhos no futuro, vêem
O que não pode ver-se.
Por que tão longe ir pôr o que está perto —
A segurança nossa? Este é o dia,
Esta é a hora, este o momento, isto
É quem somos, e é tudo.
Perene flui a interminável hora
Que nos confessa nulos. No mesmo hausto
Em que vivemos, morreremos. Colhe
O dia, porque és ele."
Ricardo Reis, in "Odes"
Heterónimo de Fernando Pessoa
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