sábado, 21 de março de 2020

Alvo de fake news do gado bolsonarista, Vera Magalhães divulga quanto ganha nas redes sociais



 Portal IMPRENSA

Após ter sido alvo de fake news, de que que receberia R$ 500 mil da TV Cultura para falar mal do presidente Jair Bolsonaro, Vera Magalhães publicou o seu contrato com a tevê estatal nas redes sociais. 


A jornalista disse que vai processar a deputada Bia Kicis e outros que divulgaram tal informação. Em sua página no Twitter, a deputada escreveu: “O deputado @DouglasGarcia anunciou da tribuna da Alesp que @veramagalhaes recebe 500.000,00 para falar mal de @jairbolsonaro. Como jornalista deveria ser imparcial, como jornalista de crachá, não é. O dinheiro vem do Estado governado por @jdoriajr”, escreveu.

A acusação foi feita na sexta-feira (20/3), durante sessão na Assembleia Legislativa, pelo deputado estadual Douglas Garcia. “No exercício do nosso mandato, eu e o deputado Gil Diniz fomos na parte da manhã até a Fundação Padre Anchieta e buscamos essa informação que a população do Estado de São Paulo e que o povo brasileiro tanto precisa (sic) saber. A senhora Vera Magalhães recebe a bagatela de meio milhão de reais pelo contrato com a Fundação Padre Anchieta para falar mal do presidente da República”, disse, mostrando uma montagem com as informações falsas. 

Vera respondeu: “Deputada, já printei esse absurdo e vou processar ainda hoje a senhora e seus colegas. Pode esperar. Tenha responsabilidade, a senhora e esses senhores são parlamentares de um país que enfrenta uma pandemia. Pessoas estão morrendo. Chega de tanta desinformação e mentira”.

Em outra postagem, Vera publicou seu contrato com a TV Cultura, no qual consta o seu salário. “Meu salário é de R$ 22 mil reais, deputada. O mesmo que recebia na Jovem Pan”, escreveu.


A jornalista passou a sofrer ataques de apoiadores de Jair Bolsonaro após ter revelado que o presidente havia usado seu celular pessoal para compartilhar um vídeo convocando a população para manifestações contra o Congresso Nacional, no dia 15 de março.

Ela também se prontificou a depor à CPMI das Fake News. “Vou disponibilizar àquela comissão todos os documentos, inclusive o compartilhamento do presidente sem a proteção ao número de celular. Os vídeos. Meu contrato e as notas fiscais de prestação de serviço. Por favor, repassem”, escreveu.

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