Julieta Brontée
RETA
FINAL
Já
estamos vivenciando o segundo turno das eleições majoritárias deste ano para
presidente e, no caso do Ceará, também para o governo do Estado e tudo indica
que os ânimos estarão ainda mais acirrados nessa etapa final e decisiva da
disputa pelo voto do eleitor que não optou pelos finalistas.
As
Redes Sociais já nos dão a tônica do que serão os debates e propaganda política
de parte a parte, onde a radicalização dará o tom da disputa que tem,
inclusive, descambado para o lado pessoal, com ataques e denúncias que vão
desde o enriquecimento considerado inexplicável de alguns candidatos até o
suposto uso de substâncias entorpecentes, tudo desacompanhado das devidas comprovações,
o que deixa o debate ainda mais rasteiro e despolitizado.
No
Ceará, existe um componente interessante que é o dos dois finalistas da disputa
terem o apoio da mesma candidata à presidência, o que se para a candidata, no
caso, Dilma, é um ponto positivo, para Camilo Santana e Eunício Oliveira, acaba
por não trazer tantas vantagens do ponto de vista eleitoral, já que esse
apoio,sendo para ambos, acaba por ser neutralizado
Resta
saber se a expressiva vitória de Tasso Jereissati, que o reconduz ao Senado Federal,
de alguma forma trará benefícios ao candidato Aécio Neves, que no Ceará, assim
como nos demais Estados do Nordeste, apresentou votação pífia.
CURTO
CIRCUITO
Desencanto
No ritmo
em que o eleitorado vem-se afastando cada vez mais das urnas, daqui a pouco não
haverá mais necessidade de se exigir o voto facultativo. Desencantada com a
qualidade dos partidos e dos políticos, a população votante simplesmente não
comparece, e se comparece a tendência cada vez maior é para a anulação, ou
votar em branco.
Tempo perdido
De acordo com o que
se escuta, da parte de eleitores do interior que moram na capital, de muito
pouco adiantou todo o esforço da Justiça Eleitoral, enviando fiscais, policiais
militares e civis e da PF. Para eles, o “mercado do voto” nunca esteve mais
ativo, e que centenas de “cabos (ou agentes) eleitorais” e chefetes de
“currais”, nunca tiveram uma “feira” mais rendosa.
Avacalhação
Quando (ou se) tivermos uma reforma política e eleitoral, alguns descalabros
precisam ser concertados, se não quisermos ver o nosso modelo se avacalhar cada
vez mais perante as demais nações. Um ponto a ser definido, é proibir os
partidos de incluírem os nomes de pessoas humildes, até sem lhes comunicar,
para sofrerem a humilhação de ter ZERO voto.
Praga
Logo de início das movimentações dos finalistas da eleição presidencial e dos
estados, os estrategistas de campanhas já se vêem diante de um “abacaxi”
tamanho familia. Sabe-se que todos os candidatos demonstraram disposição para
“tosar” muitos dos simulacros de partidos, ou “nanicos” que aí estão. Só que
agora, eles ameaçam não votar em quem assim pensar.
Sem jeito
,Dizem as más línguas que na Capital, embora os problemas sejam semelhantes aos
do interior, ocorrem muitos casos, bastante “esquisitos”, como, por exemplo,
reuniões em residências de “cabos eleitorais, puxadas a panelada, buchada ou
churrascos, oferecidos “caridosamente” a algumas dezenas de pessoas, a quem são
entregues “sugestões” de nomes de candidato, a alguns reais.
Justificando
Embora uma derrota estrepitosa como a que sofreu o deputado Mauro Filho (PRS)
para Tasso Jereissati (PSDB) na disputa ao Senado, ele detona, com alguma
razão, a “qualidade ruim” de muitas pesquisas feitas. Destaca, por exemplo, a
brutal diferença entre o percentual a ele atribuído na última pesquisa, e o
resultado final para o Senado.
Mais gente
Finda mais uma greve dos
bancários, o presidente do Sindicato da categoria no Ceará, Carlos Eduardo,
afirma que, apesar desse acordo, há ainda muito o que ser cobrado do governo e
da Febrabam. Um exemplo é a exigência de mais bancários nomeados, para
destravar o amontoado de serviços nos bancos.
Alertando
Após o resultado do 1º
turno presidencial, ministros do PT, em reunião com o comando do partido,
fizeram algumas advertências: a) Foi o escândalo da Petrobras que levou a
eleição para o segundo turno; b) Se o STF liberar antes do 2º turno as delações
do ex-diretor da Petrobras, P.R. Costa, a candidatura de Dilma estará
seriamente comprometida.
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