Câmaras de municípios do Nordeste, fortemente atingidos pela estiagem, chegaram a aprovar, nesse ano, reajustes absurdos para prefeitos e secretários. É o caso de Arneiroz, sertão do Ceará, e de Carira, no sertão de Sergipe
Em época de seca e crise econômica, Câmaras Municipais de cidades nordestinas chegaram a aprovar reajustes salariais de até 272% em 2012. Esse é o caso de Arneiroz, Sertão do Ceará. Com 7.650 habitantes, o município, um dos afetados pela estiagem, tem como prefeito reeleito Monteiro Filho (PMDB), que receberá R$ 11, 9 mil a partir de 2013 em meio à suspensão do pagamento de R$ 250 para o bolsa-auxílio na cidade. Em outras localidades como Alagoa Grande e Pombal, na Paraíba, e Carira, em Sergipe, também houve correção salarial neste ano, de acordo com levantamento do jornal O Globo.
Intervenção judicial
Carira, cidade de 20 mil habitantes localizada no Sertão de Sergipe, está sob intervenção da Justiça, não por falta de pagamento aos servidores. Lá, o prefeito Diogo Machado (PSD) se beneficiou com um aumento de 71%, aprovado em agosto, e ganhará R$ 24 mil por mês. Já na cidade de Pombal (30 mil habitantes), também no Sertão do Estado, a prefeita reeleita, Polyana Feitosa (PT), vai passar a receber R$ 20 mil, um reajuste de 67%.
Segundo a publicação do Rio, em Carira, além do reajuste para o prefeito, os vereadores aumentaram em 100% os seus próprios salários, passando de R$ 3 mil para R$ 6 mil. Em Pombal, a prefeitura pediu ajuda ao Governo Federal em novembro para a aquisição de carros-pipa, com um custo de R$ 5 mil por mês.
Aumento de 80%
Na cidade de Alagoa Grande, Paraíba, com 28 mil habitantes, os parlamentares da Câmara Municipal aprovaram reajuste salarial de 80% para o gestor Bôda (PR), que passará a receber R$ 18 mil a partir de 2013. Além disso, os vereadores reajustaram os próprios salários em 62%, passando de R$ 3,7 mil para R$ 6 mil.
PRESSÃO POPULAR – Por outro lado, em alguns municípios não ocorreu aumento salarial por conta da pressão da sociedade. Em Souza, na Paraíba, o prefeito Fábio Tyrone (PTB), que não tentou se reeleger, passaria a ganhar R$ 15 mil, um reajuste de 50% no próprio salário. Os secretários estaduais também teriam uma correção de 100% (R$ 3 mil para R$ 6 mil). Porém, conforme O Globo, o petebista não tentou a reeleição e vetou o aumento argumentando que é a favor apenas da correção inflacionária.
Veto ao aumento
Goiânia, capital de Goiás, também sofreu veto de aumento salarial. A tentativa de reajustar os salários foi parar nas redes sociais. O prefeito ganharia R$ 26 mil e os vereadores, R$ 15 mil. Em Umuarama, Noroeste do Paraná, os vereadores rejeitaram um aumento que elevaria para R$ 7 mil o salário dos parlamentares e R$ 18 mil o do prefeito.
De qualquer maneira, municípios chegam a ponto de aumentar salários diante de uma previsão pessimista para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que deverá crescer 1%. O País também deverá fechar 2012 com uma inflação de 5%, acima da meta (4,5%), segundo o Banco Central.
Situação caótica
Além disso, na Região Nordeste, a situação é tão alarmante por causa da seca que os estados da Paraíba e do Ceará decretaram estado de emergência. A estiagem é tão forte que há pessoas se valando de cães farejadores tentando encontrar animais que possam servir de alimento. O fenômeno, considerado o maior dos últimos 50 anos, atinge cerca de 12 milhões de pessoas na região, conforme o Instituto Nacional do Semiárido (Insa), vinculado ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
(Com o 247-PE)
Carira, cidade de 20 mil habitantes localizada no Sertão de Sergipe, está sob intervenção da Justiça, não por falta de pagamento aos servidores. Lá, o prefeito Diogo Machado (PSD) se beneficiou com um aumento de 71%, aprovado em agosto, e ganhará R$ 24 mil por mês. Já na cidade de Pombal (30 mil habitantes), também no Sertão do Estado, a prefeita reeleita, Polyana Feitosa (PT), vai passar a receber R$ 20 mil, um reajuste de 67%.
Segundo a publicação do Rio, em Carira, além do reajuste para o prefeito, os vereadores aumentaram em 100% os seus próprios salários, passando de R$ 3 mil para R$ 6 mil. Em Pombal, a prefeitura pediu ajuda ao Governo Federal em novembro para a aquisição de carros-pipa, com um custo de R$ 5 mil por mês.
Aumento de 80%
Na cidade de Alagoa Grande, Paraíba, com 28 mil habitantes, os parlamentares da Câmara Municipal aprovaram reajuste salarial de 80% para o gestor Bôda (PR), que passará a receber R$ 18 mil a partir de 2013. Além disso, os vereadores reajustaram os próprios salários em 62%, passando de R$ 3,7 mil para R$ 6 mil.
PRESSÃO POPULAR – Por outro lado, em alguns municípios não ocorreu aumento salarial por conta da pressão da sociedade. Em Souza, na Paraíba, o prefeito Fábio Tyrone (PTB), que não tentou se reeleger, passaria a ganhar R$ 15 mil, um reajuste de 50% no próprio salário. Os secretários estaduais também teriam uma correção de 100% (R$ 3 mil para R$ 6 mil). Porém, conforme O Globo, o petebista não tentou a reeleição e vetou o aumento argumentando que é a favor apenas da correção inflacionária.
Veto ao aumento
Goiânia, capital de Goiás, também sofreu veto de aumento salarial. A tentativa de reajustar os salários foi parar nas redes sociais. O prefeito ganharia R$ 26 mil e os vereadores, R$ 15 mil. Em Umuarama, Noroeste do Paraná, os vereadores rejeitaram um aumento que elevaria para R$ 7 mil o salário dos parlamentares e R$ 18 mil o do prefeito.
De qualquer maneira, municípios chegam a ponto de aumentar salários diante de uma previsão pessimista para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que deverá crescer 1%. O País também deverá fechar 2012 com uma inflação de 5%, acima da meta (4,5%), segundo o Banco Central.
Situação caótica
Além disso, na Região Nordeste, a situação é tão alarmante por causa da seca que os estados da Paraíba e do Ceará decretaram estado de emergência. A estiagem é tão forte que há pessoas se valando de cães farejadores tentando encontrar animais que possam servir de alimento. O fenômeno, considerado o maior dos últimos 50 anos, atinge cerca de 12 milhões de pessoas na região, conforme o Instituto Nacional do Semiárido (Insa), vinculado ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
(Com o 247-PE)
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