NINGUEM SEGURA EDUARDO CAMPOS
Julieta Brontée
O ano termina com significativas alterações na configuração
das forças políticas a partir das eleições municipais que demonstraram um
evidente enfraquecimento do PT, com a perda de posições importantes para o PSB
de Eduardo Campos, que já se cacifa como a liderança política em ascensão, a
ponto de já se arriscar em críticas públicas à política econômica do governo
Dilma, pautada basicamente no estímulo ao consumo e ao endividamento. Modelo
que, segundo o governador de Pernambuco e boa parte do pensamento econômico
nacional e internacional, já se encontra esgotado e que, para muitos é mesmo
equivocado, por ter sido o modelo que levou à crise que assola países europeus.
A candidatura
de Eduardo Campos à presidência em 2014 já é dada como fato consumado por
muitos analistas, pois mesmo que seu projeto maior seja para 2018, para chegar
lá, precisa ganhar musculatura nacional e para isso, uma candidatura, já em
2014, seria imprescindível. Na disputa interna que vive com os Ferreira Gomes,
Eduardo hoje enfrenta o movimento inverso dos irmãos àquele que levou o PSB a
rifar a candidatura de Ciro Gomes e apoiar a candidatura de Dilma, para agradar
Lula e garantir todos os investimentos possíveis e imagináveis para Pernambuco
e que hoje cacifam Eduardo para se autoproclamar como gestor exemplar. Hoje são
os Ferreira Gomes que se dizem avessos a uma candidatura avulsa socialista e
proclamam seu amor e fidelidade a Lula e à reeleição de Dilma numa espécie de
vingança daquelas que se espera para comer bem feia. Mas a diferença é que
nacionalmente, o PSB não é o PDT. O PSB foi recebido de herança pelo Eduardo neto
de Arraes e o que dita ali é lei. Não é como no PDT onde o neto de Brizola exerce
uma vice-presidência apenas alegórica, sob o comando do desafeto polêmico
Carlos Lupi.
Em
entrevista à revista Época, que ainda será publicada, o senador Humberto Costa,
do PT, derrotado na eleição pra prefeitura da capital pernambucana pelo ilustre
desconhecido Geraldo Julio, sacado da cartola de Eduardo meses antes da
eleição, mesmo Humberto tendo na vice o campeão de votos e ex-prefeito, João
Paulo, também do PT, declarou que Eduardo Campos era compulsivo e obstinado
pelo poder. Pois é, quem viver verá.
CURTO
CIRCUITO
Desrespeito
A prefeita Luizianne Lins está
deixando governo, após 8 anos, dando um grande presente ao povo fortalezense,
principalmente para os que nela e em seu “poste com luz quebrada” votaram: Não
vai fazer o Réveillon de Fortaleza.
Ela não faz mas o “Cidim” de açúcar, mesmo em cima da hora, vai fazer!
Repercussão
Segundo
um agente internacional de turismo comentava ontem, em programa radiofônico, a
suspensão do “Réveillon-2013”
de Fortaleza, tem tudo para prejudicar o setor
turístico da cidade. Isso, porque as grandes empresas do setor trabalham com
clientela que confia cegamente na firmeza dos calendários turísticos.
Na opinião do deputado federal sainte (para assumir Secretaria em
Fortaleza) Domingos Neto, o Poder Legislativo não tem que esperar mais para
acatar a decisão do STF, de cassar mandatos de deputados mensaleiros. “È uma
vergonha termos que conviver com esses condenados misturados no meio da gente
na Câmara”, diz ele.
Sem perdão
Segundo o novo presidente do TCM, Chico
Aguiar, não haverá moleza em relação a prefeitos que não cumprirem à risca a
Lei de Responsabilidade Fiscal, desde o início de suas gestões. Evita-se, com
isso, atropelos e perdas nos finais de mandato.
UMAS & OUTRAS
Fogueira
O PR do ex-governador Lúcio Alcântara, nem
aí para os 35 votos que elegerão o vereador Walter Cavalcante presidente da
Câmara Municipal de Fortaleza, “empurra” o médico-vereador Adelmo Martins para
uma candidatura sem razões de ser. Por que não lança o outro perrista, Capitão
Vagner, o homem dos 50 mil votos?
Ontem, de surpresa, os deputados receberam, no Plenário da Assembleia a
visita dos colegas deputados-secretários Mauro Filho, Camilo, Santana e Nelson
Martins. Na ocasião, agradeceram o apoio recebido dos que fazem aquela Casa,
aos projetos de suas secretarias. Solicitaram a mesma ajuda em 2013.
Para o deputado Fernando Hugo (PSDB), o Congresso Nacional envergonha o
Brasil diante das outras Nações, ao tentar, sem êxito, votar, em algumas horas
uma “montanha” de vetos, que só poderia ser votada em 12 anos. Perde, assim, o
respeito perante os dois outros poderes constituídos, e por muito tempo.
Menos, menos!
Ninguém pode negar ao ex-presidente Lula, o
direito de se defender contra a avalanche de denúncias que contra ele são
feitas, não só em relação ao mensalão, como no que diz respeito a Marco Valério
e o “Rosegate”. Só que, por isso, ele não pode chamar todos os seus adversários
de “vagabundos”. Vai ter réplica, e pesada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário