Em matéria de política
partidária, não há nada mais decepcionante do que a derrocada inexorável de
grandes partidos, como tem ocorrido no Brasil, principalmente depois que foi
instaurada no nosso país a nem sempre bem-amada República. Não caberiam aqui
neste espaço as centenas de instituições chamadas de partidos, muitos dos quais
chagaram a se tornar gigantes, mas que sumiram em consequência do mais contumaz
dos males que assolam partidos, ou seja, o vazio ideológico e, para completar o
oportunismo e o carreirismo dos que os fundaram e compuseram. Nem seria
necessário ir tão longe, bastando citar os partidos surgidos e extintos do fim
da Era Vargas para cá.
O MDB, ex-PMDB é o exemplo mais recente e de história
conhecida por todos os que acompanharam o nascimento de partidos no Brasil.
Esse mesmo MDB, do qual já dependeu a governabilidade do país, é hoje um
arremedo de partido, que sobrevive precariamente graças a meia dúzia de
políticos decentes que o carregam nas costas. Em Fortaleza, a sigla que já
mandou e desmandou no estado, acha-se sem condição de poder disputar a
Prefeitura, onde já elegeu Juraci Magalhães, o mais respeitado ocupante do
Palácio do Bispo. E, segundo se comenta se Eunício Oliveira não for para o
sacrifício, haverá dificuldades até para o partido chegar a ocupar a vice de
outro candidato.
Nenhum comentário:
Postar um comentário