Em
1880, o Imperador do Brasil, D. Pedro II, sem nada conhecer da realidade de
estados como o Ceará e o Piauí, assinou, talvez sem olhar, documento
autorizando a troca de um rico pedaço de litoral do Ceará por uma área seca
onde se acha hoje o município de Crateús. Mau negócio para o Ceará, que perdeu
valioso pedaço de praia, tendo em troca uma região que só tem importância
econômica se chover. Como o ato foi muito vago, a população de Crateús se acha
hoje ameaçada de perder grande espaço do seu território.
Essa confusão vem se acrescentar à grave crise entre os dois
estados, tendo em vista que os governantes do Piauí sentindo que podem meter a
mão no território cearense querem se apossar de “apenas” 2.800 quilômetros
quadrados nossos. A questão está na dependência de análise a ser feita pelo
Exército Brasileiro, conforme determinou a ministra Cármen Lúcia, do STF, a
quem cabe decidir sobre esse “qüiproquó”. Se o Ceará perder, perdem espaços
nada menos do que 12 municípios da Ibiapaba, incluindo Tianguá, Ubajara, Granja
e outros.
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