sexta-feira, 6 de março de 2020

COMEMORAÇÃO COM PROTESTOS




DIA INTERNACIONAL DA MULHER
8 DE MARÇO: 

Brasileiras vão às ruas contra o fascismo, por democracia e direitos
Mais uma vez, o Dia Internacional da Mulher, celebrado no dia 8 de março (#8M), será marcado por protestos em todo país. Neste ano, o “grito” das mulheres será contra Jair Bolsonaro (sem partido), pelo fim da violência contra mulheres, contra o feminicídio, por democracia e por direitos. Em Fortaleza, o ato unificado das centrais, frentes e movimentos sociais acontecerá no domingo (8/03), a partir das 13h, na Praça Almirante Saldanha, no Centro Dragão do Mar.
A secretaria da Mulher Trabalhadora da CUT, Juneia Batista, afirma que os atos do 8 de março, chamados pela CUT, demais centrais sindicais, sindicatos, movimentos sociais e feministas, será maior que o de 2017, quando mulheres de todo o Brasil lotaram as ruas do país contra a reforma da Previdência.
“Agora que as mudanças na Previdência já estão na conta dos trabalhadores e das trabalhadoras, neste Dia Internacional da Mulher as questões fundamentais são lutar contra Bolsonaro, pela democracia, pela retomada do Estado de Direito, pela vida das mulheres, como Marielle, Claudia e Dandara, vítimas de violência. Além, claro, em defesa dos serviços públicos como suporte para a vida das mulheres”, destacou a dirigente, que é servidora pública municipal de São Paulo.
Juneia disse que o 8 de março é uma data importante para alertar a população da importância de defender a democracia. “Principalmente depois das falas e ações ameaçadoras de Bolsonaro, que divulgou um vídeo no WhatsApp chamando para um ato que ataca os pilares da democracia e pede o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal”, ressaltou.
Maria de Fátima Uchôa Sousa, secretária da Mulher Trabalhadora da CUT Ceará, afirma que as mulheres são as mais afetadas com a diminuição de investimentos nos serviços públicos, pelas novas regras da aposentadoria e pela flexibilização das leis trabalhistas. “Também sofreram com a alteração – para pior – da Lei Maria da Penha e com corte ou extinção de recursos destinados às políticas de enfrentamento à violência contra mulher, como a Casa da Mulher Brasileira”.
Motivos para protestar não faltam
Nos 26 estados e na Capital federal estão programados mobilizações e atos políticos e culturais para as mulheres demonstrarem as insatisfações com as medidas do governo, que impactaram a vida de milhões de pessoas, mas principalmente das mulheres, negras, pobres e periféricas.
Bolsonaro, em apenas um ano, promoveu uma verdadeira destruição e políticas públicas essenciais. Ele acabou com a Política de Valorização do Salário Mínimo, não implementou nenhuma medida de combate ao desemprego, sancionou a reforma da Previdência, e intensificou a retirada de direitos trabalhistas.
Na saúde, Bolsonaro acabou com o programa Mais Médicos, cortou investimentos, além de legalizar o uso desenfreado de agrotóxicos e enfraquecer a política ambiental do país.
O ocupante do Palácio do Planalto também cortou recursos das universidades públicas, do Fies e de diversos programas sociais, como Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida.
Cenário da violência
A América Latina é um dos lugares mais perigosos para ser mulher. O Brasil é o quinto país do mundo em feminicídio. “Mulheres morrem pelo simples fato de serem mulheres”, diz Juneia Batista. Ela alerta ainda que os casos de feminicídio não param de crescer. Somente em 2019, aumentou em 13% o número de casos.
“Assim, o 8 de março é uma data de resistência contra todas as formas de violência voltadas às mulheres. A organização das mulheres na CUT combate o patriarcado e o capitalismo para libertar as mulheres da classe trabalhadora”, finaliza Maria de Fátima Uchôa Sousa.
Com Informações da CUT Nacional

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