Wolney visita Ciro no mesmo dia em que Tulio condiciona candidatura a entrega de cargos pelos Queiroz, na Prefeitura do Recife e no Governo de Pernambuco
No mesmo momento em que Tulio Gadelha dava entrevista coletiva, no Recife, quando revelou ter condicionado a manutenção de sua pré-candidatura à Prefeitura do Recife numa improvável entrega de todos os cargos que seu Partido, o PDT, mantém nas gestões do PSB pernambucano, o deputado federal e presidente estadual do Partido de Tulio postava foto, em Fortaleza, ao lado de Ciro Gomes, que era apontado como uma espécie de padrinho e fiador da candidatura de Gadelha.
Na postagem, feita no perfil de Wolney, no Instagram, o novo líder do PDT na Câmara dos Deputados e aliado de Paulo Câmara e Geraldo Júlio, em Pernambuco, fez questão de destacar que foi ao Ceará visitar Ciro Gomes para ouvir suas orientações e levar um chamado da bancada do PDT ao presidenciável do Partido, que desejariam, segundo Wolney, uma maior aproximação com Ciro.
"wolneyqueiroz 9/3- Na condição de novo líder da nossa bancada, vím ao Ceará fazer uma visita ao nosso presidente Ciro Gomes. Vim ouvir suas orientações e trazer um chamado dos nossos deputados, que desejam uma aproximação ainda maior com ele, sobretudo nesse momento de crise aguda que o Brasil enfrenta. Também deixei um abraço ao senador Cid Gomes, desejando uma breve recuperação e que com a maior brevidade ele possa estar de volta à trincheira. #CiroGomes #PDT #CidGomes #WolneyQueiroz".
A ida de Wolney ao Ceará no mesmo dia em que seu opositor nas disputas internas partidárias dá entrevista condicionando a continuidade de sua candidatura, no Recife, à entrega dos cargos pelo grupo dos Queiroz nas gestões socialistas, coisa que obviamente não ocorrerá, parece ser mais uma manifestação de poder e influência interna dos politicos caruaruenses que dominam o partido no Estado há mais de vinte anos, além de deixar subentendido que a rifada da candidatura de Gadelha, para que o PDT apoie a candidatura de João Campos, do PSB, à Prefeitura da Capital, contou com o apoio do próprio Ciro Gomes, mais preocupado em consolidar o apoio do PSB à sua própria candidatura à sucessão de Bolsonaro.
Articulistas políticos têm noticiado sobre movimentações conjuntas do PDT, com PSB, Rede e PC do B, no sentido de isolar o PT no Congresso e na formação de uma frente de esquerda para a próxima eleição presidencial, provavelmente a manobra no Recife já seja consequência da formação dessa frente.
O certo é que as condições impostas por Tulio à direção de seu partido, com a qual já se declarou magoado, nada mais são do que uma saída honrosa para o pedetista, já que é óbvio que os Queiroz, interessados em manter o apoio ao PSB, em Pernambuco, não entregarão os cargos. O resumo da ópera, portanto, do ponto de vista prático, é que o PDT não terá candidato.
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