A Polícia Federal em Pernambuco dá cumprimento, na data de hoje, a 10 mandados de prisão temporária (05PE, 02AC, 01CE e 02SP), 12 mandados de busca e apreensão (08PE, 01AC, 01CE e 02SP), apreensão de 03 veículos, bloqueio de contas bancárias de 09 pessoas físicas e jurídicas, sequestro de 06 imóveis (PE) e afastamento de sigilo fiscal de 09 pessoas físicas e jurídicas, todas as medidas cautelares foram expedidas pela 13ª Vara da Justiça Federal de Pernambuco.
Os mandados estão sendo cumpridos simultaneamente em Recife/PE, Rio Branco/AC, Fortaleza/CE e São Bernardo do Campo/SP, por aproximadamente 60 policiais federais.
As investigações foram levadas a efeito por meio da Delegacia de Repressão a Drogas – DRE e se iniciaram em 2018, quando integrantes da referida organização criminosa se reuniram com o objetivo de planejar ações ilícitas.
A ORCRIM promovia a internação de cocaína na fronteira Brasil/Bolívia, remetendo para a Europa, mais precisamente Alemanha, escondendo a droga dentro de estatuetas semelhantes à de buda, daí o nome da operação.
O grupo lavava o dinheiro do tráfico adquirindo imóveis na região metropolitana de Recife/PE.
Um dos dez membros da ORCRIM se encontra recolhido no Presídio Francisco D’Oliveira Conde, em Rio Branco/AC, em virtude de ter sido preso em flagrante delito com 11,6kg de cocaína, em 15/10/2018, quando transportava a droga em um ônibus de Rio Branco/AC para Porto Velho/RO.
Os líderes da ORCRIM residem na Região Metropolitana do Recife, um deles de nacionalidade alemã, reside com sua esposa brasileira, também membro da ORCRIM em um prédio de luxo na orla de Jaboatão, onde foi apreendido dinheiro em espécie que era escondido dentro da geladeira.
No início da pandemia, populares registraram queima intensa de fogos, na Praia de Piedade, nas proximidades do prédio onde reside o alemão. A queima de fogos é uma das maneiras utilizadas por traficantes para alertar comparsas sobre a chegada de drogas, bem como para dar os chamados "salves" que é a forma com que integrantes de facções se comunicam.
Outro membro é ex-Policial Federal, que já foi preso anteriormente por tráfico de drogas, e já cumpriu pena, exercendo hoje a advocacia.
Os integrantes da ORCRIM são investigados pela prática dos crimes de associação e tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e constituir/integrar Organização Criminosa, tipificados nos artigos 33, caput, e 35 c/c 40, inciso I da lei 11.343/06, artigo 1º da Lei 9.613/98 e art. 2º, §4º, inciso V da lei 12.850/2013. Penas que se somadas, em caso de condenação, podem chegar a 65 anos de reclusão.
Levando em conta apenas os valores declarados no registro dos imóveis, os bens apreendidos ultrapassam a quantia de R$5 milhões de reais.
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