sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

CGTB no Ceará não irá permitir flexibilização da CLT

A Central Geral dos Trabalhadores do Brasil -CEARÁ (CGTB-CE) empossou, nesta terça-feira, 4, na sede da APEOC, a sua diretoria provisória que vai assistir a um contingente de 28.900 trabalhadores filiados a entidade cearense. A solenidade contou com a participação da secretária de Relações Internacionais da CGTB Nacional, Maria Pimentel.
A CGTB é uma das seis centrais sindicais brasileiras que atingiram os critérios de reconhecimento após a aprovação da Lei nº 11.648/2008. Herdeira dos princípios defendidos pelo Comando Geral dos Trabalhadores, a CGTB defende políticas nacionalistas e getulistas. Além do Sinditaxi, compõe a CGTB no Ceará o Sindicato dos Portuários (Sindiportuário), Sindicato dos Oficiais de Justiça do Estado do Ceará (Sindojus-CE), Sindicato dos Vigias Portuários do Ceará, Sindicato dos Trabalhadores em Entidade de Classe no Estado do Ceará (Sintec-CE), Sindicato dos Guardas Municipais do Estado do Ceará (Singmec) e Sindicato dos Trabalhadores na Agricultura Familiar - Nova Olinda compõem a CGTB no CE.
De acordo com o presidente, João Batista Fernandes de Sousa, a expectativa em relação à CGTB é grande, pois a Central chega num momento de luta pela defesa da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), no qual um projeto chamado Volkswagem tenta retroceder com os direitos trabalhistas há mais 60 anos. Segundo Maria Pimentel, foi importada da Alemanha, pelo governo brasileiro, o modelo europeu baseado na Volwasvang, onde se reduziu salários e direitos do trabalhador, sob o pretexto de se criar mais postos de trabalho, pagando cada vez menos ao trabalhador. “Lá eles não têm nem o salário mínimo” assegurou o presidente
“Temos boas perspectivas em relação a CGTB no Ceará. A Central a defesa da CLT, porque nas bases quando os sindicatos se interam desta questão em tudo que é lugar que a gente conversa, a consciência é muito rápida. Não tem como flexibiliza-la, mesmo que chame de acordo especial ou sobre o pretexto de criar empregos. Além disso, achamos ainda que a CLT deve avançar em alguns aspectos e o centro destas mudanças é em relação ao Servidor Público, o direto de negociação coletiva, direto greve de negociação, de organização”destacou Maria Pimentel.
Para Francisco Moraes (Chiquinho), presidente da UNEFORT, entidade ligada à UBES, a flexibilização fragilizou o movimento estudantil. Segundo ele, uma medida provisória flexibilizou o processo de emissão de carteiras estudantis, permitindo a criação de entidades que não travam a luta dos estudantes. Muitas entidades se transformaram em empresas.
Para o presidente estadual do PPL-CE, André Ramos, a CGTB vem para defender temas importantes. De acordo com ele, o cearense convive com o segundo pior salário do Brasil. Além disso, o trabalhador local sobrevive com subempregos, desconhecendo até os direitos garantidos pela CLT.
Participaram da mesa, o diretor do Sintec- CE, Lucélio Moura (PPL-CE), Bráulio de Melo, André Ramos (PPL-CE), Gleilson Cunha (Singmec), Marília Rodrigues (Tesoureira da UNE), Zé Maria (Vigias Portuários), José Edízio Lima (Sindicato dos Estivadores), Ribamar dos Santos (Portuários), Mauro Xavier (Sindojus), Andrea Silva (Sintraf - Nova Olinda), Vicente de Paula (Sinditaxi), Cesário (Sinditaxi), Chiquinho (Unefort), Celma (Sinditaxi-Russas), Diogo (PROS) e Cícera Maria Silva (Sintraf-Nova Olinda e presidente do PMB), além de caravanas vindas da Região do Cariri.
 
Fonte: CGTB-CE

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