Em 2013, o rendimento médio do trabalhador cearense piorou. O valor de R$ 1.019,00 é a menor média registrada no País, atrás do Piauí (R$ 1.037,00), e Alagoas (R$ 1.052,00). As informações constam da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad 2013), divulgada, ontem, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento traz os principais indicadores socioeconômicos para o Brasil, grandes regiões e unidades da federação, inclusive as séries de indicadores de rendime
Os melhores resultados foram registrados nas regiões Centro-Oeste e Sudeste do País, onde se destacaram o Distrito Federal, com rendimento de R$ 3.114,00, e São Paulo, onde os trabalhadores receberam, em média, R$ 2.083,00. O rendimento médio mensal real é referente a todos os trabalhos das pessoas de 15 anos ou mais, ocupadas no ano de referência da pesquisa, realizada entre os dias 29 de setembro de 2012 e 28 de setembro de 2013.
COMPORTAMENTO
O desempenho do Ceará, Piauí e Alagoas, no rendimento mensal, foi menor ao de todos os trabalhos em 2013 – cuja estimativa era de R$ 1.681,00, ou seja, 5,7% superior à média do rendimento apurado em 2012 (R$ 1.590,00). Mas não é só isso. Ao se observar os dados da região Nordeste, o Ceará também aparece abaixo da média regional, de R$ 1.148,00.
CRESCIMENTO
Segundo o Pnad, a maior parte dos estados registrou elevações nos rendimentos de todos os trabalhos, na passagem de 2012 para 2013. Entre os destaques, estão as variações percentuais de 12,8% no Amazonas (ao passar de R$ 1.290,00 para R$ 1.455,00). Em seguida vem o Rio Grande do Sul, com 11,4% (de R$ 1.647,00 para R$ 1.835,00); e a Bahia, com alta de 10,3% (de R$ 1.113,00 para R$ 1.228,00).
QUEDA
Por outro lado, houve redução do rendimento médio mensal real de todos os trabalhos no Acre (de R$ 1.342,00 para R$ 1.302,00), Amapá (de R$ 1.632,00 para R$ 1.616,00) e Espírito Santo (de R$ 1.577,00 para R$ 1.557,00), que ainda assim ficaram na frente do rendimento do trabalhador cearense.
HOMENS E MULHERES
A região Nordeste apresentou o maior nível de desigualdade na distribuição do rendimento do trabalho (0,523). Nesse recorte, o Ceará aparece em 12o lugar, com 0,487 – sendo 0,490 para homens e 0,477 para as mulheres. O levantamento aponta, também, que o rendimento mensal dos homens e mulheres (com idade acima de 15 anos, excluídos os que não declararam valor da renda) ficou em R$ 872,00 e R$ 631,00, respectivamente. Detalhe: nessa mesma faixa etária, foram contabilizados 3,21 milhões de homens no Estado, contra a maioria feminina de 3,55 milhões.
ÍNDICE DE GINI
Para a gerente da Coordenação de Trabalho e Rendimento (Coren) do IBGE, Maria Lúcia Vieira, observou-se que, de 2012 para 2013, houve aumento do rendimento e certa estabilidade do Índice de Gini. E viu que as variações maiores se deram nos rendimentos mais elevados. Nacionalmente, o Índice de Gini (medida de desigualdade), mostrou uma discreta piora de 2012 para 2013, passando de 0,496 para 0,498 no indicador que mensura, exclusivamente, a distribuição dos rendimentos do trabalho. Quanto mais próximo de zero, melhor é a distribuição de renda.
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