sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Cid quer que a Justiça retire seu nome do caso Petrobrás

Cid pede a STF, PF e PGR que neguem denúncia da IstoÉ

Em 2010, após acusação da revista Veja, Cid conseguiu declaração da Polícia Federal, livrando-o de envolvimento
MAURI MELO
Governador lembrou episódio semelhante há quatro anos










O governador Cid Gomes (Pros) enviou ofício ao ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), ao procurador geral da República, Rodrigo Janot, e à Diretoria Geral da Polícia Federal pedindo que as instituições neguem o envolvimento dele em esquema de corrupção na Petrobras. Segundo a revista IstoÉ desta semana, Cid foi citado pelo ex-diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, entre os supostos beneficiários de propinas.
“A revista colocou uma flagrante mentira, dizendo que meu nome estaria envolvido num processo que corre sob segredo judicial”, disse o governador ontem durante inauguração de escola de educação profissional em Iguatu. Cid afirmou que está sendo vítima de uma falsa notícia assim como em 2010, quando foi citado em denúncia feita pela revista Veja.

“Essa mesma coisa já aconteceu há quatro anos atrás, e eu consegui na época uma declaração da Polícia Federal de que eu não tinha nenhum envolvimento. Agora, como o processo corre em segredo de justiça, eu não consigo pegar essa declaração”, disse Cid.

Em setembro de 2010, durante a campanha de Cid pela reeleição, a revista Veja acusou o governador e seu irmão Ciro Gomes de participar de suposto esquema que, entre 2003 e 2009, teria desviado R$ 300 milhões de prefeituras cearenses. Cid e Ciro rechaçaram a denúncia e o governador pediu à Polícia Federal que se manifestasse. A PF informou, então, que os irmãos Gomes não estavam envolvidos no caso.
“Clara armação”
Na entrevista em Iguatu, Cid declarou que está sendo vítima de uma “clara armação” e justificou a ação judicial que moveu contra a IstoÉ, que resultou na proibição de sua circulação em todo o país. A proibição foi derrubada na última quarta pelo ministro do STF, Luís Roberto Barroso.

“Eu pessoalmente acho que é um absurdo você caluniar, sem direito de defesa, qualquer pessoa. Eu fui atrás dos meus direitos. Eu tenho uma honra e essa honra não pode ser atacada de forma leviana, de forma absolutamente caluniosa e mentirosa, para mim numa clara armação, que repete o mesmo processo que aconteceu em 2010”, afirmou Cid.
“O que é que deu a historia da Veja? Se eu tivesse alguma coisa, eu já devia estar preso. Mas é claro que eu não tinha nenhuma relação, do mesmo jeito agora de novo, que tentaram envolver meu nome num escândalo que é nacional”, completou o governador. (com informações da Jangadeiro FM de Iguatu)
SERVIÇO
 Supremo Tribunal Federal
Site: www.stf.jus.br 
 Procuradoria Geral da República
 Polícia Federal.
Site: www.dpf.gov.br 
Governo do Estado
 Saiba mais
1. Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, fez acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal e citou políticos que estariam envolvidos em esquema de pagamento de propinas pela estatal. Segundo a IstoÉ, ele teria mencionado Cid Gomes.
2. O ministro Luís Roberto Barros, do STF, atendeu pedido da editora que publica a IstoÉ e, na última quarta, liberou a circulação da edição que cita o governador. A justiça de Fortaleza havia proibido a circulação a pedido do governador.
 3. Ciro Gomes (Pros), secretário estadual da Saúde e irmão do governador, chamou ontem a IstoÉ de “QuantoÉ” e disse que o candidato ao governo pelo PMDB, Eunício Oliveira, pode ter pago pela publicação da matéria da revista, envolvendo Cid (com informações do Blog do Alex Santana).
(O POVO Online
)

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