terça-feira, 13 de outubro de 2015

Futebol do Brasil tira sono de treinador. Já os brasileiros não perdem mais o sono com isso

Dunga diz que não dorme bem e admite mudar time contra a Venezuela

Danilo Lavieri
Do UOL, em Fortaleza (CE)
  • Rafael Ribeiro/CBF/Divulgação
    Tom Cavalcante posa com os jogadores e a camisa autografada no hotel, em Fortaleza
    Tom Cavalcante posa com os jogadores e a camisa autografada no hotel, em Fortaleza
Em busca de um jeito melhor de jogar, Dunga e sua comissão técnica não conseguem dormir. Foi o que o treinador da seleção revelou nesta segunda-feira (12), na véspera da partida contra a Venezuela, em Fortaleza, pela 2ª rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo da Rússia, em 2018 (jogo será às 22h dessa terça).

Depois de ser derrotado por 2 a 0 na estreia para o Chile, na noite de quinta, o time precisa reagir para evitar uma crise logo no início da caminhada na competição. Para piorar, o terceiro jogo já é o clássico contra a Argentina, em novembro.

"Eu e minha comissão técnica não dormimos muito bem", afirmou. "E não é coisa de agora. Ontem (domingo), o Tom Cavalcante (comediante) esteve na concentração. Ele falou com a gente. O Brasil precisa de humor, precisa de uma alegria. E nós também precisamos sorrir", disse o treinador, para depois brincar. "Eu não sou muito de rir, mas também gosto".

No último treinamento, Dunga testou Filípe Luís no lugar de Marcelo, Lucas Lima no posto de Oscar e até mesmo Lucas no lugar de Willian. Ele, no entanto, não disse qual será o time que vai escalar. O que se sabe é que o zagueiro David Luiz e o goleiro Marcelo Grohe não jogarão (foram cortados por lesão).

"Nós temos que buscar as melhores opções, mudar um pouco taticamente, depende do que poderemos introduzir. Vamos buscar jogadores que estão em melhor condição física e temos de buscar alternativas. Não significa que vamos mudar em todo jogo, porque já temos problemas de entrosamento. Se mudar toda hora, piora".

DUNGA COMPARA ATUAL TIME COM SUA GERAÇÃO

Questionado sobre as diferenças de sua geração como jogador com o atual grupo, Dunga afirmou que vê a mesma vontade de reagir às adversidades nos dois casos. A diferença, para ele, era o jeito que o time de 1990/94 mostrava essa indignação.

"Na nossa geração, a gente já vinha junto jogando desde os 15 anos. Agora não. Com esses jogadores a gente começou um trabalho há pouco tempo. Mas tem reação, sim, tem indignação, pode ficar tranquilo. Talvez a reação deles não seja igual a nossa. A nossa reação era mais sanguinária e talvez por isso pode parecer que tem outro significado. Mas tem cobrança sim. Diferente da nossa, até porque eu era um pouco exagerado quando jogava", analisou.

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