No CE, greve dos bancos privados termina, mas segue no BB e na Caixa
Greve dura 21 dias e chegou a fechar 72% das agências do Ceará.
Federação Nacional dos Bancos ofereceu reajuste salarial de 10%.
Os bancários do Ceará decidem em assembleias nesta segunda-feira (26) pela continuidade ou não da greve que dura há 21 dias. Segundo o Sindicato dos Bancários do Ceará, os funcionários dos bancos privados aceitaram a proposta Fenaban e devem retomar as atividades nesta terça-feira (27). A greve continua no Banco do Brasil (BB), na Caixa Econômica Federal e no Banco do Nordeste (BNB).
Os funcionários do BB votaram pela continuidade da greve por 123 votos contra 114 de pessoas que aceitaram a proposta. Os bancários do BNB também decidiram por manter a paralisação. Os funcionários da Caixa também continuam em greve após decisão de 143 pessoas contra 48 que votaram pelo fim da paralisação.
A greve foi iniciada em 6 de outubro e chegou a fechar 72% das agências de todo o estado no dia 20 deste mês. Segundo os sindicalistas, das 567 agências existentes no Ceará, 412 estiveram sem atendimentos. Ainda de acordo com o sindicato, este foi o maior número de agências fechadas durante greves da categoria.
Proposta de 10%
A última proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenabam) ofereceu reajuste salarial de 10%, aplicáveis aos salários, benefícios e participação nos lucros, além de correção de 14% no vale-refeição e no vale-alimentação.
A última proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenabam) ofereceu reajuste salarial de 10%, aplicáveis aos salários, benefícios e participação nos lucros, além de correção de 14% no vale-refeição e no vale-alimentação.
Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), os bancos aceitaram também abonar 63% das horas dos trabalhadores de 6 horas, de um total de 84 horas, e 72% para os trabalhadores de 8 horas, de um total de 112 horas. Assim, após a volta ao trabalho, os bancários irão compensar, no máximo, uma hora por dia útil, até o dia 15 de dezembro.
Inicialmente, os bancos ofereceram um reajuste de 5,5%, enquanto os bancários reinvindicavam uma correção de 16% nos salários.
"A nova proposta da Fenaban, apresentada no 19º dia da greve, significa a manutenção do modelo que vinha sendo colocado em prática nos últimos anos, de reposição integral da inflação mais aumento real e abono parcial dos dias parados", informou a Contraf, em nota. Em 12 meses, até setembro, a inflação acumulada chegou a 9,77%, segundo o IPCA-15, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A greve da categoria entou nesta segunda-feira em seu 21º dia. Durante a paralisação, mais de 12 mil das 22.975 agências instaladas no país chegaram a fechar as portas para o público.
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