terça-feira, 13 de outubro de 2015

Partido da Marina no Ceará

Rede Sustentabilidade trabalha estratégias no Ceará

Maior aposta da chamada “terceira via”, hoje, a Rede Sustentabilidade costuma não se definir nem como de esquerda nem como de direita, assumindo posturas progressivas para determinados temas e conservadoras em outros (tampouco se define como um partido de centro). Assim, atrai eleitores ao pregar uma “nova forma de fazer política”, como costuma falar a ex-ministra Marina Silva. No Ceará, a legenda começou internamente a discutir os rumos para as eleições de 2016. Inclusive, a Rede realiza sua primeira convenção estadual no próximo dia 07 de novembro, depois da autorização do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para o registro da sigla idealizada por Marina Silva. Na ocasião, além de receber novas filiações, apresentará a ideologia e as bandeiras da sigla.
“Até o momento, não conversamos com outros partidos. Apenas com o povo. A rede vive um momento histórico e tem o interesse de se apresentar a população. Por isso, temos interesse de lançar candidato próprio nas eleições do ano que vem. Claro, estamos analisando e estudando a partir das filiações”, disse, por telefone, o porta-voz da sigla no Estado e secretário de relações internacionais da executiva nacional, Dimas Oliveira, ao comentar sobre a criação da legenda no Ceará.
De acordo com ele, não há previsão de que Marina venha ao Estado nos próximos meses, nem mesmo para a convenção. Mentora da nova sigla, ela, juntamente com a executiva nacional, elabora um cronograma de visita aos estados brasileiros. “Ela pode vir. Ainda não está definido. Sabemos que, em outra oportunidade, ela virá para debater a realidade de cada estado. Estamos definindo uma data ainda com a executiva nacional”, pontuou.
Mesmo sem Marina, no Ceará, a Rede já articula levar ao possível palanque algumas lideranças nacionais como o senador Randolfe Rodrigues e a ex-senadora Heloisa Helena para atrair a simpatia do eleitor.
Preparativos
Questionado sobre o andamento da regularização da legenda no Ceará, o secretário informou que a sigla realizará uma série de cursos e debates e, logo após, inicia a criação dos elos municipais – ema espécie de comissão provisória em cada município cearense. “A Rede não veio para ser mais uma organização política, mas tentar fazer alguma diferente e positiva para o povo cearense e povo brasileiro já começando a partir de 2016”, disse Dimas, acrescentando que, nos últimos dias, diversas lideranças procuraram a legenda a fim de conhecer o trabalho a ser desenvolvido.
Entretanto, deixou claro que, objetivamente, não conversou com nenhum partido sobre a disputa eleitoral do ano que vem, justificando que o Brasil passa por uma crise enorme e a Rede quer apresentar uma nova forma de fazer política e, portanto, neste momento, o debate inicial será feito com a população.
“Objetivamente temos conversado nacionalmente. O Brasil passa por uma crise muito grande. Mas não existe nenhuma conversa com outros partidos. Nossa tentativa é conversa com o povo. É uma alternativa de tentar articular os movimentos sociais autônomos para discutir os problemas da sociedade”, afirmou. O partido, concluiu Dimas, está aberto para todas as pessoas, mas desde que não sejam conservadoras e que gostem da biodiversidade.

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