terça-feira, 21 de maio de 2019

"Quem discorda do Bolsonaro é comunista."


Contra protesto de Domingo, Líder do MBL critica Bolsonaro: "Quem discorda do Bolsonaro é comunista. Essa é a definição histórica de comunismo, discordar do Bolsonaro." 



O deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) 05/02/2019 AGÊNCIA O GLOBO

Em entrevista ao Globo, o Líder do Movimento Brasil Livre (MBL) e deputado federal eleito pelo DEM em São Paulo, Kim Kataguiri criticou o que chanou de discurso de demonização da política de Bolsonaro. Segundo ele, o presidente está adotando o mesmo tom radical que seu filho, o vereador Carlos, usa nas redes sociais. Kataguiri tem criticado as convocações para a manifestação de domingo a favor do presidente. Em entrevista ao GLOBO, ele explicou que o MBL é contra os protestos em defesa de Bolsonaro: "É uma manifestação com tom autoritário, de fechamento de Congresso e Supremo, governista, uma coisa que, por mais que agora tentem diluir as pautas da manifestação, o mote principal é 'nós apoiamos Bolsonaro e tudo o que ele fizer, incondicionalmente', o que não é do nosso ideal defender esse tipo de adesismo."

Sobre ser chamado de comunista por Bolsonaristas, Kataguiri declarou: "Estão me chamando de comunista. Inclusive eu falei com o Orlando (Silva, líder do PCdoB) outro dia para já assinar a minha carta de filiação. Todo mundo que se posiciona contrário é comunista. Quem discorda do Bolsonaro é comunista. Essa é a definição histórica de comunismo, discordar do Bolsonaro. É um discurso do Olavo (de Carvalho) demonizar qualquer pessoa que discorde do discurso dele."

Kataguiri ainda revelou que o MBL estaria bem coeso, uníssono, em não apoiar a manifestação. Disse ainda que a briga que o MBL teve com Olavo de Carvalho foi porque este defendia invadir o Congresso. "Então, são os mesmos atores, influenciadores. Só que agora influenciando a cabeça do presidente da República." O deputado do MBL ainda contou que foi preciso obter uma liminar para manter os olavistas afastados deles nas manifestações : "Nós entramos na Justiça para eles serem obrigados a ficar afastados da gente, porque eles sabiam que não conseguiam marcar nada sozinhos, sempre que a gente marcava, eles tentavam pegar carona. Aí a gente entrou na Justiça e conseguiu liminar para manter distância."

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