quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Descaso: Cagece erra calculos de contas e deixar usuários em pânico

Clientes se queixam de cobranças indevidas da companhia.

A agência da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), no Bairro Conjunto Ceará, em Fortaleza, amanheceu repleta de pessoas que desejavam atendimento nesta quarta-feira (27). As filas e a demora no atendimento acabou exaltando os ânimos da população q (Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)Agência no Bairro Conjunto Ceará amanheceu repleta de clientes (Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)
Moradores de Fortaleza estão insatisfeitos com a nova forma de cálculo da conta de água adotada pela Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece).
Os moradores do Bairro Conjunto Ceará, por exemplo, lotaram a agência da área para solicitar revisão das contas. “Não tenho como pagar de jeito nenhum”, disse o servente Valdir, cuja conta passou de R$ 30 para R$ 692.
Mudança de cálculo
Desde dezembro, a Cagece mudou a forma de calcular a conta de água dos consumidores de 37 municípios do Ceará, incluindo Fortaleza. Agora, o valor é resultado da média dos últimos seis meses. A medida é temporária e se deve ao fim do contrato com a empresa que era responsável pela leitura dos medidores nas residências. A companhia diz que o novo contrato está em fase de licitação e que, ainda em fevereiro, voltará a ser feita a leitura dos medidores.
Recomandação
A companhia recomenda que as pessoas que se sentirem prejudicadas peçam revisão nas contas. O gari Roberto Pereira faltou ao trabalho nesta quarta-feira (27) para ir à agência da companhia em busca de uma solução para o problema. Com 15 comprovantes de pagamentos em mãos, ele afirma que costumava pagar entre R$ 10 e R$ 15 todos os meses, mas em fevereiro, a conta passou para R$ 342.
Decon
A secretaria executiva do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Decon), Ann Celly Sampaio, desde o início do ano foram recebidas 176 reclamações contra o noso sistema de cobrança. “Tem resoluções da Acfor [Autarquia de Regulação, Fiscalização e Controle dos Serviços Públicos de Saneamento Ambiental] que permitem [o uso da média como conta], mas o legítimo mesmo é o consumidor pagar pelo que consumiu”, destaca.
Cobrança injusta
“Realmente a cobrança pela média dos últimos seis meses pode ser tremendamente injusta para alguns consumidores”, disse a secretária Ann Celly, afirmando ainda ter aumentado o número de atendentes a disposição do consumidor para receber as queixas, além de um canal direto com a Cagece para negociações.

Com informações do G1-CE

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