DO JORNAL DO COMMERCIO
Carolina
Albuquerque
calbuquerque@jc.com.br
Desde que o
prefeito Geraldo Julio (PSB) conseguiu na Justiça suspender a liminar que
obrigava a implantação em 2013 de 1/3 da carga horária dos professores para a
aula-atividade, governo e categoria enfrentaram uma queda-de-braço. Confronto
este que não durou muito tempo. Neófito na política, o novo gestor conseguiu
agir rápido, acatando algumas propostas da categoria. A primeira foi a paridade
da comissão, na qual metade dos membros é indicação da prefeitura e a outra do
Sindicato dos Professores do Recife (Simpere). Já a segunda foi o prazo de 90
dias, em vez dos seis meses iniciais, para construir uma proposta consensual de
implantação do benefício, assegurado por lei desde 2008.
"Cabe
agora à comissão construir essa proposta consensual. Apesar desse prazo ser
prorrogável por mais 90 dias, nós não queremos isso. Mas isso vai depender do
trabalho da comissão", garantiu ontem pela manhã o secretário de Educação,
Valmar Corrêa, em visita à Comissão de Educação da Câmara do Recife. Apesar de
ter sido uma reunião aberta ao público, só estiveram presentes vereadores e
assessores. O sindicato, porém, reuniu-se à tarde com Valmar. "Ele deixou
a categoria mais tranquila. Pedimos apenas que retifique esse prazo de
prorrogação no Diário Oficial. Ele ficou de estudar o caso", afirmou a
secretária-geral do Simpere, Eunice Nascimento.
Os
vereadores presentes conseguiram a palavra do secretário em relação a alguns
pontos delicados na educação municipal. Um deles é a aula-atividade. "Essa
comissão foi uma iniciativa nossa. Algo que poderia ter sido feito antes. Mas
não foi feito", frisou o secretário, colocando a inabilidade política na
conta do ex-prefeito João da Costa (PT).
Outra questão levantada foi a
licitação da merenda escolar. Em setembro do ano passado, o Tribunal de Contas
do Estado (TCE) determinou a suspensão do fornecimento de merenda escolar pela
empresa SP Alimentação e Serviço às unidades de ensino. As investigações
apontaram sobrepreço no valor da merenda e irregularidades no processo
licitatório.
Atualmente,
há três contratos e vários aditivos. Um com a empresa SP e dois com a Coan
Alimentação e Serviços. O secretário Valmar anunciou que irá mudar este
formato. Em vez de as empresas fornecerem a merenda já pronta, a PCR quer
adequar as instalações de algumas escolas para ter condições de a comida ser
preparada no local. Somente para aquelas onde não há espaço haverá fornecimento
por uma empresa externa.
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