sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

GERALDO JULIO VAI REVER CONTRATOS COM EMPRESAS LIGADAS A MAFIA DA MERENDA



Dono da SP Alimentação, Durães é um dos principais investigados pelo escândalo, suspeito de ter montado um esquema milionário para lavar dinheiro e corromper políticos de São Paulo, Minas, Rio Grande do Sul, Alagoas, Pernambuco e Maranhão (DO ESTADAO).

DO JORNAL DO COMMERCIO
Carolina Albuquerque
calbuquerque@jc.com.br

Desde que o prefeito Geraldo Julio (PSB) conseguiu na Justiça suspender a liminar que obrigava a implantação em 2013 de 1/3 da carga horária dos professores para a aula-atividade, governo e categoria enfrentaram uma queda-de-braço. Confronto este que não durou muito tempo. Neófito na política, o novo gestor conseguiu agir rápido, acatando algumas propostas da categoria. A primeira foi a paridade da comissão, na qual metade dos membros é indicação da prefeitura e a outra do Sindicato dos Professores do Recife (Simpere). Já a segunda foi o prazo de 90 dias, em vez dos seis meses iniciais, para construir uma proposta consensual de implantação do benefício, assegurado por lei desde 2008.

"Cabe agora à comissão construir essa proposta consensual. Apesar desse prazo ser prorrogável por mais 90 dias, nós não queremos isso. Mas isso vai depender do trabalho da comissão", garantiu ontem pela manhã o secretário de Educação, Valmar Corrêa, em visita à Comissão de Educação da Câmara do Recife. Apesar de ter sido uma reunião aberta ao público, só estiveram presentes vereadores e assessores. O sindicato, porém, reuniu-se à tarde com Valmar. "Ele deixou a categoria mais tranquila. Pedimos apenas que retifique esse prazo de prorrogação no Diário Oficial. Ele ficou de estudar o caso", afirmou a secretária-geral do Simpere, Eunice Nascimento.

Os vereadores presentes conseguiram a palavra do secretário em relação a alguns pontos delicados na educação municipal. Um deles é a aula-atividade. "Essa comissão foi uma iniciativa nossa. Algo que poderia ter sido feito antes. Mas não foi feito", frisou o secretário, colocando a inabilidade política na conta do ex-prefeito João da Costa (PT). 

Outra questão levantada foi a licitação da merenda escolar. Em setembro do ano passado, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) determinou a suspensão do fornecimento de merenda escolar pela empresa SP Alimentação e Serviço às unidades de ensino. As investigações apontaram sobrepreço no valor da merenda e irregularidades no processo licitatório.

Atualmente, há três contratos e vários aditivos. Um com a empresa SP e dois com a Coan Alimentação e Serviços. O secretário Valmar anunciou que irá mudar este formato. Em vez de as empresas fornecerem a merenda já pronta, a PCR quer adequar as instalações de algumas escolas para ter condições de a comida ser preparada no local. Somente para aquelas onde não há espaço haverá fornecimento por uma empresa externa.

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