sábado, 30 de novembro de 2013

Sem discurso

 É patético ver Tadeu Alencar, dizer que o Armando Monteiro não pode criticar o péssimo governo Eduardo porque se elegeu com o apoio dele e porque há pouco tempo deste fazia parte. E quanto ao primo dele, Eduardo? Se elegeu com o apoio de quem? Tem boa aprovação por causa dos bilhões investidos em Pernambuco por quem? Eita, povinho cara de pau, viu? A diferença é que as críticas que Eduardo faz ao governo Dilma deveriam ser autocríticas porque dinheiro federal não faltou pra Pernambuco. O que Eduardo fez com essa dinheirama toda? E pra que que Eduardo precisa de 16 ex-prefeitos como assessores? Clientelismo, raposismo e cooptação a gente vê por aqui...

JORNAL DO COMMERCIO

ARMANDO FAZ DURO ATAQUE À GESTÃO EDUARDO

2014 Senador questiona nomeação de ex-prefeitos

Carolina Albuquerque
calbuquerque@jc.com.br

Como pré-candidato declarado ao Governo do Estado em 2014, o senador Armando Monteiro Neto (PTB) está mais à vontade no papel de crítico à gestão Eduardo Campos (PSB), da qual fazia parte até setembro passado. Em entrevista à JC News, ontem, o trabalhista não se eximiu de apontar, segundo ele, as contradições da recente reforma administrativa do governo do PSB e questionou os baixos índices educacionais do Estado. As palavras do senador foram rebatidas pelo secretário da Casa Civil, Tadeu Alencar, uma vez que o governador cumpre mais uma agenda partidária fora do Estado (ver página 5).

Instado a opinar sobre a recente decisão do líder socialista, anunciada no Programa do Jô, de cortar secretarias e reduzir a máquina, Armando Monteiro disse que "sempre há espaço para promover ajustes", mas que "29 secretarias numa estrutura estadual é muita coisa". "Veja, uma coisa que queria manifestar agora é que estão surgindo ultimamente notícias de (novas) nomeações de ex-prefeitos, cotados para algumas áreas do governo", continuou, mesmo sem ser perguntado diretamente sobre o assunto. Na opinião do trabalhista, a nomeação de ex-prefeitos é incoerente com a pauta defendida pelo governador socialista, que evoca critérios técnicos e racionalização de gastos na máquina pública. Ele não falou, mas a preocupação é também eleitoral: ex-prefeitos nomeados certamente engrossarão o palanque socialista em 2014.

"É uma coisa estranha. Você corta mil comissionados, que devem ter salários médios e modestos. Por outro lado, se promove ex-prefeitos em assessorias diversas, algumas de caráter, me parece, nitidamente político. Aí eu pergunto: isso fica coerente com as linhas de uma reforma que se pauta por critérios técnicos e de diminuição de despesa? Eu conheço situações de ex-prefeitos que agora ganharam status de gestor técnico em algumas secretarias. É um sinal contraditório nesse processo", alfinetou.

Após criticar o baixo índice de exportação do Estado - segundo ele, equivalente a 1% do Produto Interno Bruto (PIB) -, Armando, na ponta da língua, recorreu às notas do Ideb, prova que avalia os primeiros e os últimos anos do ensino fundamental e do ensino médio, para censurar a política educacional no Estado. "Pernambuco tem a 18ª posição nos primeiros anos, a 22ª nos anos finais e a 16ª no ensino médio. O Ceará, que está aqui perto, com as mesma dificuldades de estar no Nordeste, teve muito sucesso nos últimos dez anos. Tanto que tem, respectivamente, a 7ª posição, a 12º e a 8ª. Então, há indicadores que preocupam, e esse me parece que é muito importante", concluiu.

TADEU ACUSA OPORTUNISMO DE EX-ALIADO

2014 Secretário da Casa Civil estranha crítica e diz que Armando se elegeu senador com o prestígio de Eduardo

Gabriela López
glopez@ne10.com.br

"É estranho que alguém que se elegeu com nosso apoio, com o prestígio do governador Eduardo Campos e que tenha saído há tão pouco tempo da gestão faça crítica". Foi com esta declaração que o secretário da Casa Civil, Tadeu Alencar, rebateu o questionamento do senador e pré-candidato ao Palácio das Princesas no próximo ano, Armando Monteiro Neto (PTB), em relação à quantidade de ex-prefeitos nomeados para cargos na gestão estadual, feito durante entrevista à rádio JC News ontem. O auxiliar lembrou que o parlamentar usou a imagem de Eduardo Campos em programa partidário veiculado recentemente na televisão, embora o PTB tenha saído, no mês passado, da gestão socialista.

"Atribuo (a declaração do senador) a uma antecipação indesejável da disputa política", disparou o secretário.

Sem sinalização de apoio de Eduardo Campos ao projeto eleitoral de Armando, o PTB entregou os cargos que ocupava no governo estadual e assumiu uma postura "independente na Assembleia Legislativa (Alepe).

Levantamento obtido pela colunista do JC Sheila Borges mostra que há pelo menos 16 ex-prefeitos alocados no governo Eduardo Campos, grande parte ocupando postos na Casa Civil ou na Secretaria de Agricultura (veja arte).

Segundo dados do Portal da Transparência, o salário líquido de alguns deles chega a aproximadamente R$ 7,6 mil, como o do ex-prefeito do Cabo de Santo Agostinho Lula Cabral (PSB), hoje presidente da Junta Comercial de Pernambuco (Jucepe).

Tadeu Alencar exaltou que todos os nomeados atendem ao alarmado critério de meritocracia que, segundo o governo, norteia as contratações da equipe. "Estas pessoas têm uma grande experiência de administração pública, conhecem a máquina. Alguns foram prefeitos quatro vezes. Na Casa Civil, que tem o papel de articulação, temos, por exemplo, Adelmo Moura (ex-prefeito de Itapetim), que conhece a região do Sertão do Pajeú e pode trazer as dificuldades que, de longe, da capital, não temos como ter um relato. É uma antena do governo. Estranho seria se colocássemos um engenheiro na Casa Civil", defendeu.

O secretário da Casa Civil não soube informar de pronto quantos ex-prefeitos estão na administração, mas ressaltou que, se forem 16, o número não representa 10% do total de 184 municípios pernambucanos.

Ele minimizou ainda o fato de as nomeações de ex-gestores terem se intensificado nas últimas semanas - como aponta o Diário Oficial do Estado -, ao mesmo tempo em que o governo anunciou corte de sete secretárias para enxugar a máquina. Tadeu Alencar argumentou que nomeações e exonerações fazem parte da dinâmica da administração pública.

"Esta gestão não veste a carapuça de que faz o jogo da velha política. Estamos seguros de que fizemos o que tínhamos que fazer. Expandimos a administração quando ela precisou ser expandida e, agora, estamos enxugando. Não há contradição", insistiu.

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