Segundo a direção estadual da Rede Sustentabilidade, a decisão foi tomada devido à forma como o PSB tratou a empresária Nicolle Barbosa, que era candidata ao Governo e foi substituída no dia da convenção da sigla
A candidatura da deputada estadual Eliane Novais (PSB) ao governo sofreu outra baixa. A Rede Sustentabilidade, aliada ao PSB no plano nacional, anunciou ontem que não apoia mais Eliane, irmã do presidente do PSB no Ceará, Sérgio Novais.
A direção estadual da Rede diz que tomou a decisão, “com pleno conhecimento da direção nacional”, por discordar da forma como o PSB tratou a empresária Nicolle Barbosa, que era a pré-candidata ao governo e, na última segunda, na convenção do PSB, foi substituída por Eliane e homologada como vice, posto ao qual renunciou poucas horas depois, em protesto.
Em nota enviada à imprensa, a direção estadual da Rede “presta irrestrita solidariedade a Nicolle Barbosa pela forma intempestiva e excludente como foi decidida a substituição de seu nome, interrompendo um processo de construção política que não sofrera, no curso anterior de suas articulações, nenhuma forma de contestação”.
Por isso, a Rede não apoiará nenhum nome no Ceará, seja ao governo, seja ao Senado. A candidata do PSB ao Senado, Geovana Cartaxo, havia sido indicada pela Rede. Em meados do mês passado, porém, a organização lhe retirou o apoio, alegando que vinha sendo ignorada pela candidata.
A Rede no Ceará afirma que de agora em diante vai se dedicar “à formação de um comitê social, de caráter suprapartidário, de mobilização e apoio à candidatura de Eduardo Campos e Marina Silva (ambos do PSB) à Presidência da República”.
“Rede de intrigas”
Sérgio Novais reagiu afirmando que a Rede no Ceará “é na verdade uma rede de intrigas” e reclamando de seus integrantes, que segundo ele foram omissos na discussão eleitoral, deixando de participar de reuniões e da própria convenção estadual do PSB.
“Nossa relação nacionalmente é boa, mas a Rede sofre nos Estados de uma situação de fragilidade partidária, e aqui no Ceará é um dos casos mais expoentes. Eles se autoexcluíram das decisões partidárias. A gente chama para reunião e não vão. Não tinha um deles na convenção. Como é que a gente podia conversar?”, disse Sérgio.
Sobre a retirada de Nicolle da cabeça de chapa ao governo, Sérgio disse que foi uma decisão baseada no maior potencial eleitoral de Eliane Novais. “Sabemos que na política muitos foram preteridos, principalmente no Pros (partido do governador Cid Gomes), e o Inácio Arruda (senador do PCdoB) também. Faz parte do processo. Você chega num afunilamento e tem que fazer opções. Nós fizemos a nossa”.
Na segunda, quando renunciou ao posto, Nicolle disse que sua candidatura como vice-governadora foi “imposta” por Sérgio “de forma intempestiva, sem me assegurar o mínimo de tempo para fazer reflexão do que estava acontecendo”.
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