quarta-feira, 23 de julho de 2014

Zona total

Paitt estuda duplicação das vagas de Zona Azul

Atualmente, as vagas de Zona Azul em Fortaleza são restritas ao Centro, Aldeota, Avenida Beira Mar, Avenida Monsenhor Tabosa e região do Parque do Cocó, mas, segundo a Secretaria de Conservação e Serviços Públicos, o número de vagas será ampliado até agosto. A pasta estuda um crescimento no chamado Sistema de Estacionamento Rotativo Pago (Serp) de quase 50%, pulando de 2.529 para quase cinco mil.
O novo modelo de estacionamento é um dos projetos-pilotos previstos no Plano de Ações Imediatas de Transporte e Trânsito (Paitt), que projeta a reestruturação do estacionamento rotativo (Zona Azul) nesses locais e o estudo de novas áreas passíveis de receber o sistema. Segundo informações da Secretaria, o levantamento esta sendo realizado, e as mudanças devem acontecer até o próximo mês. Mas não foi divulgada a quantidade exata de vagas que serão criadas para atender a demanda, nem a lista dos bairros que serão afetados com as mudanças. Nas localidades onde o Serp já existe, o sistema será ampliado.
A iniciativa tem como objetivo garantir a melhor gestão do espaço público, aprimorar a operação com a melhor distribuição dos tickets e fiscalização. “Pretende-se redefinir o quantitativo de vagas, reordenando os estacionamentos existentes e reforçando a sinalização na região do Centro da cidade. Além disso, será implantado um projeto- piloto com o componente tecnológico de gestão, cobrança e informação na Avenida Monsenhor Tabosa”, explicou o técnico do Paitt, Janailson Souza.
IRREGULARIDADES
Das 2.529 vagas de Zona Azul, 560 são no Centro. A quantidade frente à demanda, segundo os usuários, é mínima, pois enfrentam dificuldades para estacionar na região. O advogado Almir Bastos é um deles. Diariamente, ele vai ao Centro e conta que é sempre muito complicado conseguir uma das vagas do estacionamento rotativo. “A dificuldade começa na hora de comprar o bilhete, muita gente nem sabe onde vende e, depois, para conseguir encontrar uma vaga disponível. Eu mesmo dou várias voltas todos os dias até conseguir”, garantiu.
Já o corretor de imóveis, Wendell Pontes, que trabalha próximo à Praça do Ferreira, estaciona todos os dias na Zona Azul e não tem receio em afirmar que passa o dia na vaga. “Nesse estacionamento só pode ficar duas horas, então eu compro quatro bilhetes e fico trocando. Não dá para deixar o carro nos estacionamentos particulares, é muito caro. Chego muito cedo para conseguir, e a maioria das pessoas que trabalham por aqui faz o mesmo”, acrescentou.
FISCALIZAÇÃO
O professor do departamento de Engenharia de Transportes da Universidade Federal do Ceará (UFC), Mário Azevedo, explica que a proposta de estacionamento Zona Azul não é simplesmente a de arrecadação de dinheiro e sim de promover a rotatividade das vagas existentes, disciplinando o espaço urbano e permitindo maior oferta de estacionamento. “Em Fortaleza a fiscalização é pouca. Vemos muita gente cometendo infrações, e não há agentes para coibir, ou fiscalizar. Só na consciência não adianta. Antes de criar novas vagas, é preciso analisar bem, fazer um estudo detalhado de todos os impactos e como será a assistência”.
Segundo a Autarquia Municipal de Trânsito (AMC), não existe fiscalização específica para coibir infração relacionada somente à Zona Azul. O órgão informa que a fiscalização no Centro acontece através de blitz volante que percorre toda a área central para combater essas irregularidades. Caso o veículo esteja estacionado em vaga de Zona Azul sem portar o bilhete está passível de multa no valor de 53,20 e três pontos na carteira. A infração é de natureza leve.

Jessica Fortes - O ESTADO

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