quinta-feira, 17 de julho de 2014

Interesses escusos

Alvo de Auditoria promovida por Foster, Diretores e ex-diretores da Odebrecht e da Petrobras são denunciados pelo Ministério Público por desvios milionários

















Por Noelia Brito

Conforme revelei em artigo meu, publicado no Blog de Jamildo, em abril deste ano, o chamado Movimento "Volta, Lula", destinado a desestabilizar a candidatura da presidenta Dilma à reeleição, partia de indíviduos cujos interesses escusos foram sistematicamente contrariados pela gestão honesta da presidenta, dentre os quais, o presidente da Odebrecht, que foi um dos que puxaram o tal movimento, defendendo o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, como vice de Lula. Depois disso, Eduardo Campos passou a ser um feroz detrator da presidenta, para estranheza daqueles que até então desconheciam a tibieza de seu caráter. Naquele artigo, cuja íntegra pode ser conferida no Link abaixo, escrevi: "A empreiteira Odebrecht tem, de fato, razões para desgostar da presidenta. Em 2012, uma auditoria interna da Petrobras, feita pela atual gestão, detectou que o processo 001/2010 apresentou um superfaturamento US$ 344 milhões. O contrato foi assinado na gestão Gabrielli e revisto na gestão Graça Foster. Para se ter uma ideia, havia previsão de aluguel de 3 máquinas fotocopiadoras ao custo, na Argentina, de R$ 7,2 milhões e o pagamento de salários de R$ 22 mil a pedreiros, nos Estados Unidos. Esse contrato já está sob investigação da Polícia Federal e do TCU."
Confiram a matéria publicada hoje no Jornal "O Estado de São Paulo":



Confiram a matéria publicada ontem no Jornal "O Estado de São Paulo":

FERNANDA NUNES E ANTONIO PITA - O ESTADO DE S. PAULO
16 Julho 2014 | 21h 01

Zelada teria beneficiado construtora em serviço ambiental em dez países; auditoria interna apontou sobrepreço de 1.654%

Atualizado às 23h11 - Rio de Janeiro - O Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro apresentou denúncia à 27.ª Vara Criminal da Capital contra o ex-diretor da Petrobrás Jorge Luiz Zelada, que até 2012 respondeu pela área internacional da empresa. A acusação é de que ele teria favorecido a construtora Norberto Odebrecht em licitação para a prestação do serviço de desenvolvimento de um plano de ação de certificação na área de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS).

O contrato, assinado em setembro de 2010, somava US$ 825,66 milhões, para serviços a serem prestados em dez países. A lista incluía a refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, cuja compra custou US$ 1,2 bilhão e é alvo de investigação.
Além de Zelada, a denúncia envolve o diretor de Contratos da Odebrecht, Marco Antonio Duran, e sete funcionários e ex-funcionários da Petrobrás.
Se a denúncia for aceita pela Justiça e houver condenação, os executivos podem pegar até 4 anos de prisão, pelo crime de fraude. Além disso, o Ministério Público pede a perda dos empregos públicos e pagamento de multa de 2% sobre o valor do contrato licitado, o que representa cerca de US$ 16 milhões.
A denúncia tomou como base relatório de auditoria promovida pela própria Petrobrás, segundo informou em nota o Ministério Público. O caso foi divulgado em novembro pelo Estado, que teve acesso exclusivo às investigações internas da empresa petrolífera. Os documentos demonstravam, na época, que o contrato fechado pela estatal com a construtora envolvia a prestação de serviços em dez países e previa gastos para a Petrobrás até 1.654% superiores ao que a estatal teria se contratasse o serviço em cada país onde seria executado.
Pasadena. Nos Estados Unidos, o contrato era destinado à refinaria de Pasadena, no Texas, adquirida pela Petrobrás em condições economicamente desvantajosas e, por isso, motivo de questionamento em uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Congresso e no Tribunal de Contas da União (TCU).
A Odebrecht afirmou desconhecer as denúncia e, em nota oficial, afirmou que “o contrato foi resultado de licitação pública conquistado de forma legítima por menor preço, em total respeito à Lei”. Já a Petrobrás não apresentou nenhum posicionamento sobre o caso até esta edição ser concluída.
Além de enviada à Justiça, a denúncia do Ministério Público foi encaminhada ao Núcleo de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (NCCLD) da Polícia Civil do Rio de Janeiro, para que seja instaurado inquérito por fraude. A denúncia fará parte de investigação que inclui outras suspeitas de corrupção.
A Petrobrás é alvo de denúncia também pelas condições de venda da refinaria de San Lorenzo e da distribuidora de energia Edesur, ambas argentinas; pela aquisição do bloco 2714 - A, na Namíbia; e pela contratação da empresa Vantage Deepwater Company.
Defesa. Em nota publicada nesta noite, a Petrobrás informou que a auditoria referente ao contrato com a Odebrecht foi concluída em outubro de 2012 e o contrato foi renegociado em janeiro em janeiro de 2013 "levando em consideração as ponderações feitas pela Auditoria Interna da Companhia".
Abaixo a íntegra da nota:
"Sobre as matérias divulgadas hoje na imprensa, relativas à denúncia do MP-RJ à 27ª Vara Criminal relacionadas ao contrato de SMS (Segurança, Meio ambiente e Saúde) assinado em outubro 2010 com a Odebrecht, a Petrobras informa que já em agosto de 2011 foi iniciada uma auditoria interna nesse contrato. Com a conclusão desta auditoria em outubro de 2012, este contrato foi renegociado em janeiro de 2013, levando em consideração as ponderações feitas pela Auditoria Interna da Companhia.
A partir da notícia veiculada pela revista Época, em 12-08-2013, no dia seguinte, 13-08-2013, a Petrobras constituiu Comissão Interna de Apuração. Com a conclusão dos trabalhos da Comissão, a Companhia encaminhou cópia do Relatório Final ao MP do Rio de Janeiro, para as providências cabíveis."

COM DÍVIDA NA LUA, ODEBRECHT ATACA DILMA

PRESIDENTE DA ODEBRECHT FALA MAL DE DILMA PARA SENADORES

A quem interessa o movimento “Volta, Lula”?

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