Candidatos e lideranças políticas avaliaram a pesquisa divulgada ontem, pelo Instituto Datafolha, onde aponta pela primeira vez, a possibilidade de haver segundo turno na sucessão estadual no Ceará. De acordo com o levantamento, encomendado pelo jornal O Povo, o candidato Camilo Santana (PT) subiu 12 pontos percentuais, atingindo 31% das intenções de voto. Apesar de permanecer à frente, Eunício Oliveira (PMDB) caiu seis pontos desde a última pesquisa, atingindo 41% das intenções de votos. Na pesquisa estimulada, em que, para o eleitor, é apresentado à relação dos candidatos ao Governo; O desempenho a candidata do PSB, Eliane Novais, teve variação negativa, passando de 7% para 4% das intenções de votos. Ailton Lopes (Psol) também oscilou para baixo, saindo de 4% para 2%.
Retrato do momento
Em nota, o candidato Camilo Santana (PT) reafirmou sua posição em relação à pesquisa, dizendo que “o instrumento retrata o momento da campanha”. O petista reforçou que vai continuar visitando os municípios. “Já esteve em 84 municípios, ouvindo a população, apresentando as propostas de governo e destacando o que já foi feito nos últimos sete anos e meio e o que ainda será feito nos próximos quatro anos, para garantir ainda mais melhorias para os cearenses”, disse.
Já De Assis Diniz, presidente estadual do PT, e que também coordena a campanha de Camilo, comemorou o crescimento do petista e avaliou que a quatro semanas da disputa eleitoral, com a veiculação do programa eleitoral gratuito no Rádio e na TV, o processo será ascendente, crescente, além do apoio popular. Para o petista, a previsão era essa, em virtude do grande apoio e receptividade, onde ressaltou de mais de 40 segmentos. “Nós avaliamos com otimismo, mas com o pé no chão. Ainda tem que colocar o pé na estrada para continuar o processo de debates e discussões e apresentação das realizações, de forma que humildade e a serenidade é o que deve nortear a campanha”, pontuou.
Dentro da Normalidade
O vice-presidente estadual do PMDB, ex-prefeito de Iguatu, Agenor Neto, avaliou que a queda de Eunício Oliveira no levantamento está dentro da normalidade e daquilo que era esperado. Segundo ponderou, o partido já esperava que o candidato do governador Cid Gomes, Camilo Santana realmente crescesse e que chegasse a um terço dos votos, que é 31%.
Apesar do acirramento, Agenor assegurou que como estratégia de campanha, o PMDB não vai fazer política suja, como denegrindo a imagem do opositor, e que Eunício continuará apresentando propostas. “Não precisamos bater em ninguém, porque esse tipo de procedimento não é mais aceito pelo eleitorado que quer tomar conhecimento de novas mudanças, de produção positiva”.
Distorção da realidade
Ailton Lopes considerou o resultado da última pesquisa uma distorção da realidade. “A gente tem tido um aumento de adesão espontânea na rua, em todos os locais e aparece essa diminuição de 2%, é ridículo”, disse, frisando que não haverá qualquer mudança de estratégia de campanha.
Espontânea
Já na pesquisa espontânea, na qual o eleitor diz em quem pretende votar sem ver a lista com os nomes, Eunício marca 19% e Camilo aparece no páreo com 18%. Eliane Novais, apesar de ter ao seu lado a presidenciável Marina Silva (PSB), que vem galgando bons resultados nas pesquisas sulistas, foi lembrada por 1% dos entrevistados, e Ailton Lopes não chegou a ser citado.
Senado Federal
Na pesquisa Datafolha divulgada ontem, também mostrou o quadro em relação ao Senado Federal. O ex-governador Tasso Jereissati (PSDB) atingiu 54% das intenções de voto na disputa pelo Senado, contra 20% de Mauro Filho (Pros). Geovana Cartaxo (PSB) e Raquel Dias (PSTU) aparecem empatadas com 2%. Comparando com o último levantamento divulgado no dia 14 de agosto, Tasso cresceu apenas 1% e Mauro Filho 2%. Raquel Dias perdeu três percentuais e Geovana, um.
(Rochana Lyvian -O ESTADO)
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