quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Eleição adiada

Definição da nova Mesa do Senado fica para esta quarta-feira


A eleição para o restante da Mesa que vai comandar o Senado no biênio 2015–2016 foi remarcada para esta quarta-feira (4), às 16h, depois de reunião entre as lideranças partidárias. O único nome definido é o do presidente da Casa, Renan Calheiros, reeleito no domingo (1º).
Impasse
Um dos impasses está na aplicação da proporcionalidade, que garante a cada partido ou bloco vagas na Mesa de acordo com o tamanho da bancada. A dúvida é se esse critério deve ser aplicado só para os sete cargos principais (presidente, dois vice-presidentes e quatro secretários) ou se também deve ser usado para os quatro suplentes de secretários.
Na primeira interpretação, os partidos menores conseguem ter direito à participação, posição defendida pelo líder do DEM, senador Ronaldo Caiado (GO).
Fazem uma proporcionalidade buscando o coeficiente dos partidos pelo número de 11 membros da Mesa. A Mesa, pelo Regimento, tem apenas sete membros: um presidente, dois vices e quatro secretários. Os outros quatro são suplentes, e, como tal, não podem entrar na proporcionalidade. Isso concentra a Mesa na mão dos maiores partidos e exclui as minorias. Isso é um absurdo, é cercear o espaço das minorias na Mesa do Senado — afirmou.
Critérios
Para o líder do PT, senador Humberto Costa (PE),  o critério de ampliar a participação dos partidos é “justo e adequado”. Ele ressaltou, porém, que o tema da proporcionalidade virou disputa entre os partidos.
— Há partidos que entendem que, pelo fato de ter havido uma candidatura alternativa à candidatura oficial do PMDB, teria sido quebrado o critério da proporcionalidade. E acham que nessa condição devem pleitear a participação na Mesa também — afirmou.
Ao comentar a situação, o presidente Renan Calheiros afirmou que o Parlamento caminha mais facilmente pelo consenso e pelo entendimento.
Um dos poucos critérios que temos é a proporcionalidade. Quando você desestimula a proporcionalidade, você anima candidaturas de diferentes partidos e isso precisa ser contornado — afirmou Renan, que derrotou o colega de partido Luiz Henrique (PMDB-SC) na disputa da Presidência, por 49 votos a 31.
O senador Jorge Viana (PT-AC), candidato à reeleição na Primeira-Vice-Presidência do Senado, responsabilizou o excesso de partidos pela falta de consenso para a eleição da Mesa.
— São partidos demais para vagas de menos. Agora exige um exercício que é parte da vida aqui. Paciência e perseverança de fazer um entendimento — afirmou.
Indicações
Humberto Costa disse que o PT vai indicar Jorge Viana e a senadora Ângela Portela (PT-RR) para serem reconduzidos à Mesa. Na legislatura passada, eles ocuparam a Primeira-Vice-Presidência e a Segunda-Secretaria, respectivamente.
A Primeira-Secretaria deverá ser ocupada pelo senador Paulo Bauer (PSDB-SC), conforme adiantou o senador Aécio Neves (PSDB-MG). O PSDB tem a terceira maior bancada, com 11 senadores.
A senadora Lúcia Vânia não disputará [a vaga]. Num gesto de generosidade, ela atendeu um pedido pessoal que lhe fiz. Teremos apenas uma candidatura do PSDB — afirmou.
O senador Cássio Cunha Lima (PB), líder do PSDB, disse acreditar em um consenso para a eleição dos demais cargos da Mesa. Em sua avaliação, não há porque antecipar confrontos em questões administrativas internas, quando “uma tempestade está por vir”.
Não há sentido se criar uma disputa no Plenário em torno de funções administrativas. Tenho certeza de que haverá entendimento.
José Agripino (DEM-RN) avalia que as conversas até o início da eleição, marcada para a tarde de hoje, poderão resultar num acordo.

Não são pontos insuperáveis. São questões políticas e acho que a conversa política acabará mais uma vez por equacionar divergências e estabelecer consensos — afirmou o senador.
Se não houver acordo, os candidatos vão ser escolhidos no voto.

Pela proporcionalidade partidária, além da Presidência, cabe ao PMDB a Segunda-Vice-Presidência e uma suplência. O PT ficará com a Primeira-Vice-Presidência e com a Segunda-Secretaria. O PSDB comandará a Primeira-Secretaria; o PSB, a Terceira; e o PDT, a Quarta.
As outras três suplências serão disputadas pelo DEM, PP, PSD, PR e PTB.

Com informações da Agência Senado



Nenhum comentário:

Postar um comentário

DESTAQUE

Cúpula Mundial sobre Transição Energética

Ceará será centro das discussões mundiais sobre transição energética Nos dias 28 e 29 de novembro, o Centro de Eventos do Ceará vai receber ...