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Janot pedirá abertura
de inquéritos contra políticos na próxima semana, além da queda do sigilo dos
nomes e denúncias contra os investigados.
O procurador-geral Rodrigo Janot pode deixar para a semana que vem
a apresentação, ao ministro-relator no STF, Teori Zavascki, do pedido de
investigação contra as autoridades arroladas pela Operação Lava no
esquema de corrupção na Petrobrás, contra as quais julgar que existem
indícios consistentes de participação, de acordo com a colunista Tereza
Cruvinel publicou em seu blog no site 247.
Janot pedirá inquérito contra políticos na próxima semana
Segundo
fontes do meio jurídico, a lista de Janot deve ter 42 nomes de autoridades com
foro privilegiado. Entre elas, ministros, senadores e deputados federais
no exercício do mandato, que serão julgadas no foro dito privilegiado do STF. A
lista completa de “agentes políticos” chegaria a 70 nomes, quando inclui
políticos que não renovaram seus mandatos nas eleições passadas. Mas estes
serão julgados por instâncias inferiores e não mais pelo STF.
Segundo estas fontes, Janot tem se
demorado para evitar qualquer erro ou inconsistência que fragilize seu libelo
acusatório, tal como aconteceu com o ex-procurador-geral Aristides Junqueira
com sua denúncia contra o ex-presidente Fernando Collor. Até hoje ele é
responsabilizado pela absolvição do ex-presidente que sofreu impeachment, tendo
os próprios ministrros do STF alegado que a denúncia não fornecia elementos e
provas que fundamentassem a condenação.
A espera pela lista de Janot vem
deixando congressistas com os nervos tensos, alimentando a tensão e também as especulações.
A tensão é maior nos partidos governistas mas há nervosismo também em
áreas da oposição. Vide as declarações do deputado Jair Bolsonaro, de que se
acaso recebeu alguma doação, nem por isso empenhou seu voto ao Executivo.
Diversionismo do deputado: tenha ele recebido ou não, o que
se vai discutir não é seu voto como congressista, mas a “vantagem indevida”,
como dizem os ministros do STF.
Enquanto isso, vai se retardando
também a instalação da CPI da Petrobrrás na Câmara, que terá como alvo da
oposição os tais “agentes políticos” envolvidos e suas eventuais conexões com a
presidente Dilma e o ex-presidente Lula. Para a oposição, a maçã dourada
seria uma prova de que dinheiro do petroduto abasteceu a campanha de Dilma.
Se a lista sair antes da instalação da CPI, o direcionamento será
facilitado.
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