(Coluna publicada no jornal O ESTADO)
Julieta Brontée
Ao
que tudo indica, Dilma ganhou as eleições, mas não foi o PT quem levou, nem
muito menos aqueles que nela votaram. Explico: A presidenta conseguiu sua
reeleição muito mais em razão de seus atributos morais do que pelos méritos de
seu Partido, mergulhado até a ponta mais alta da sua estrela-símbolo, na lama
da corrupção que jorra da "Operação Lava-Jato". Claro que o PT não
está sozinho nesse mergulho, ao seu lado estão praticamente todos os Partidos
com assento no Congresso Nacional, a exceção do PSOL.
Mas
o PT é vitrinhe. Seja porque é o partido dos dois últimos presidentes, seja
porque sempre levantou a bandeira da ética e das causas mais caras à esquerda
brasileira, até que chegou ao poder e começou a utilizar a
"governabilidade" como justificativa para todo e qualquer desvio
moral ou político que fossem cometidos por seus integrantes.
O
enfraquecimento do PT tanto dentro do governo quanto no Parlamento ficou
evidente tanto na perda de Ministérios estratégicos, quando nas derrotas
sofridas para as presidências das duas Casas Legislativas, onde reina absoluto
o PMDB, partido do vice-presidente Michel Temer.
O
que se vê hoje é uma presidenta que não tem domínio sobre seu próprio governo,
pois foi isolada por seu Partido, que usa seus aparelhos sindicais e sociais
(leia-se CUT e MST), para atacá-la e promover o já candidato Lula, que mesmo
sendo o maior responsável por tudo que está aí, inclusive, e principalmente,
pelo fortalecimento do PMDB, aparece como salvador da Pátria e que também está
isolada pelo PMDB, que é quem decide o que se aprova ou não no Congresso.
Dilma, hoje, portanto, não é mais que uma
espécie de rainha da Inglaterra numa espécie de Parlamentarismo tupiniquim onde
Temer virou primeiro ministro por escolha de seu partido que domina o
Congresso, enquanto Lula já está na oposição e em plena campanha para ver se
consegue retomar o governo para seu Partido em 2018, e continuar a
esculhambação implantada nos seus dois governos.
CURTO
CIRCUITO
Mudou
logo
A política é
mesmo uma “fábrica” de mudanças rápidas de atitudes. O belicoso deputado
Capitão Wagner, que na campanha foi adversário feroz do governador Camilo
Santana, deu voto de confiança a ele no início do governo. Agora, menos de 60
dias depois, o capitão já se enquadra entre os opositores mais duros.
Limpando
a barra
O ex-presidente
da Câmara dos Deputados, Henrique Alves, derrotado para governador do Rio
Grande do Norte, espera ir para o Ministério do Turismo. Só que, para isso, o
PMDB terá que conseguir, junto ao Procurador-Geral da República, Janot, a
retirada do nome de Henrique do rol da “Lava Jato”.
Perderam
o medo
Os agitadores e desocupados do MST parece
que perderam, de vez, o medo das autoridades governamentais e da PM. Em poucas
horas, enquanto foi relaxada a segurança, invadiram o Palácio Abolição, e,
achando pouco, apossaram-se da sede do INCRA, onde desacataram e amedrontaram
servidores.
Explicando
Para o deputado Chico Lopes, do PCdoB, não é para admirar
as primeiras dificuldades encontradas pelo governador Camilo Santana para “arrumar a casa” no seu início de
gestão. Isso se deve, segundo o parlamentar, por uma campanha acirrada e igual,
que resultou em uma vitória muito apertada. Mas isso, diz ele, vai mudar. Será?
Fazendo
o possível
Por ocasião da
presença do governador Camilo Santana, na Assembleia, para mostrar ações a
contra os efeitos da seca, dos deputados de oposição, que se dizem de boa
vontade, apenas Carlos Matos (PSDB), e Ely Aguiar (PSDC), apresentaram boas
sugestões, no sentido de o governo tomar medidas certas, mas fazendo economia.
Sem
recuo
O presidente da CMF, Salmito Filho, mantém-se firme na
defesa da continuidade das obras do Acquário. Para ele, não dá para recuar, nem
para abandonar um projeto que em médio prazo, fortalecerá o turismo e a
economia do estado, e que tem financiamento garantido do Banco Europeu de
Desenvolvimento.
A
coisa está feia!
Não há mais
dúvida de que a coisa “anda feia” para o governo do PT. Para se ter idéia, o
ex-presidente Lula foi obrigado a se reunir com o presidente da Câmara Eduardo
Cunha, o senador Eunício, líder do governo, e... o “jurássico” Sarney, para
pedir que impeçam o fim da maioria do governo no Senado.
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