quarta-feira, 18 de março de 2015

TJ de Pernambuco faz paralização

Servidores do Tribunal de Justiça paralisam as atividades
Categoria garante manter os serviços essenciais

Nesta quarta e quinta-feira (17), os servidores do Poder Judiciário do estado vão parar. A categoria (composta por sete mil funcionários em 465 unidades judiciárias) vai manter apenas o atendimento para os serviços essenciais. A medida vai ser tomada para reivindicar um novo plano de valorização da carreira baseado em tempo de serviço, melhoria de desempenho e de qualificação da categoria. Além do cruzar de braços, os profissionais também farão uma passeata com panfletagem na quinta. A saída está marcada para as 14h, do Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, na Ilha do Leite, com destino à Praça do Derby.


A manifestação, no entanto, não deverá interferir nos serviços essenciais do Tribunal de Justiça. "Orientamos a categoria a manter os serviços de urgência. Todas as questões referentes à saúde, alimentação e réus presos (incluindo alvarás de soltura e júri popular) serão feitas. É preciso ter em mente que não vamos afetar as medidas liminares e cautelares", esclareceu o presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário de Pernambuco, Eliseu Magno.

De acordo com o sindicato, os servidores pernambucanos são os que recebem a menor remuneração do país. "Melhoramos bastante o nosso serviço de 2011 para cá, estamos entre os que mais produzem e, contraditoriamente, somos os que ganham o menor vencimento base no ranking nacional", continuou Eliseu Magno. Além disso, o plano também é essencial para conter a evasão crescente dos profissionais. "Mais de dois mil funcionários deixaram o Tribunal de Justiça espontaneamente em oito anos para reiniciar a vida profissional em outros campos devido aos salários", ressaltou.

O novo plano deve incorporar ao salário base as gratificações por tempo de serviço, melhoria de qualificações e desempenho. "O grande problema é que hoje isso não acontece. Quando nos aposentamos, acabamos recebendo menos até do que quando ingressamos no serviço público. Isso é um absurdo para qualquer profissional", denunciou o presidente do sindicato.

(Diário de Pernambuco)

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