Guilherme Russo, de O Estado de S.Paulo
A visita da presidente Dilma Rousseff a Havana criou a expectativa entre os
dissidentes cubanos sobre uma possível mudança na posição brasileira em relação
ao governo de Cuba, principalmente na questão dos direitos individuais
fundamentais.
O que o sr. acha das declarações da presidente Dilma Rousseff sobre direitos humanos?
O que ela disse é uma grande verdade. É certo que não se pode converter essa causa em, como ela disse, ‘somente uma arma de combate político-ideológico’. Mas não se pode renunciar ao princípio da defesa e do respeito aos direitos fundamentais da pessoa. E, nesse ponto, não se pode usar o álibi da não intervenção, porque esse é um argumento muito gasto. Em primeiro lugar, está o respeito à humanidade. E, logo depois vem o que corresponde aos direitos políticos de agrupações ou governos.
Por que o argumento da não intervenção está gasto?
O argumento já foi empregado nos tempos do regime hitlerista, sustentando que as críticas aos crimes cometidos nos anos 30 eram uma intervenção nos assuntos internos da Alemanha nazista.
Veja
também:
Dilma diz que direitos humanos não podem ser arma ideológica
ÁUDIO: Ouça a declaração da presidente em visita a Havana
Brasil abrirá linha de crédito de R$ 350 mi para compra de alimentos
Em visita a Cuba, Dilma condena embargo dos EUA contra o país
O opositor Elizardo Sánchez, presidente da Comissão Cubana de Direitos
Humanos e Reconciliação Nacional, pede que o Brasil respeite entidades e acordos
internacionais e "atualize" sua política de não intervenção. A seguir, os
principais trechos da entrevista concedida nesta terça-feira, 31, ao
Estado:Dilma diz que direitos humanos não podem ser arma ideológica
ÁUDIO: Ouça a declaração da presidente em visita a Havana
Brasil abrirá linha de crédito de R$ 350 mi para compra de alimentos
Em visita a Cuba, Dilma condena embargo dos EUA contra o país
O que o sr. acha das declarações da presidente Dilma Rousseff sobre direitos humanos?
O que ela disse é uma grande verdade. É certo que não se pode converter essa causa em, como ela disse, ‘somente uma arma de combate político-ideológico’. Mas não se pode renunciar ao princípio da defesa e do respeito aos direitos fundamentais da pessoa. E, nesse ponto, não se pode usar o álibi da não intervenção, porque esse é um argumento muito gasto. Em primeiro lugar, está o respeito à humanidade. E, logo depois vem o que corresponde aos direitos políticos de agrupações ou governos.
Por que o argumento da não intervenção está gasto?
O argumento já foi empregado nos tempos do regime hitlerista, sustentando que as críticas aos crimes cometidos nos anos 30 eram uma intervenção nos assuntos internos da Alemanha nazista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário