terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Artigo do jornalista Ciro Saraiva, transcrito do jornal O ESTADO, edição desta terça-feira:

Comunicação eficiente - IJ. Ciro Saraiva*

Uma administração municipal não pode prescindir de um amplo e eficiente esquema de comunicação social. Nem sempre porém, essa necessidade, é suprida corretamente e em consequência, os arranjos cometidos pelos novos administradores acabam dando com os burros n’agua.

Agora mesmo, com o advento das novas gestões, o que se espera é que os homens eleitos para dirigir os municípios, se convençam de que esse é o caminho a ser trilhado. A menos que queiram cair do cavalo, como já aconteceu em várias ocaiões e em diversas partes do País.

Convém ter em mente, entretanto, que pode ser considerado uma boa assessoria para uns, pode não ter o mesmo resultado com relação a outras. Assim, é preciso acomodar situações, fazer reparos, definir prioridades e destinar recursos tanto quanto suficientes para fazer face as despesas que são muitas.

O que é uma Assessoria de Comunicação Social ou uma Assessoria de Imprensa ? Nada mais nada menos do que um instrumento por onde se apreende o que o povo quer que seja realizado em seu proveito e se divulga aquilo que a Prefeitura vai realizando.

Aí a pesquisa tem um papel fundamental. Mas, além desses, há outros setores que precisam ser contemplados, tais como a ação governamental posta em prática em favor dos humildes, das pessoas carentes e daqueles homens – e mulheres – que precisam do apoio oficial para cuidar de sua saúde, da sua educação. Sem esquecer os programas de moradia e saneamento, segurança e transporte coletivo que são os grandes desafios das cidades grandes.

O que foi feito em Fortaleza pela administração municipal passada, por exemplo, em termos de comunicação ? Nada, absolutamente nada ! Apesar da ex-prefeita ser uma professora na área, a verdade é que a comunicação do município relegou empreendimentos que poderiam ter sidos atacados, não fosse a arrogância e os ímpetos discricionários da dama de vermelho.

Agora, com o início de uma nova administração, é preciso considerar que tudo isso foi um erro e que esse erro não pode continuar. Escrevo estas linhas também com o propósito de alertar o novo prefeito, Roberto Cláudio, para a importância que tem, na administração, um plano de comunicação social. Uma administração consciente, que deseje alcançar os objetivos destinados a uma reformulação de métodos, não pode deixar de se preocupar com a questão.

Não é o caso de se fazer amadorismo, nem de se contratar bichos-papões para cuidar de uma coisa que é nossa. Em três dias seguidos, se a tanto me permitir meu amigo e editor Carlos Alberto Alencar, faremos aqui, neste mesmo espaço, algumas observações sobre esse assunto. Convido a quem interessar possa a nos acompanhar nesse raciocínio. Não se trata de ensinar padre-nosso ao vigário, nem tão pouco ser arquiteto de obras feitas.

O buraco é mais em cima. Não se brinca com coisa séria e comunicação é coisa que só os homens inteligentes podem compreender. Chacrinha já dizia: “Quem não se comunica, se entrumbica”.

*Jornalista e escritor

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