Em 2 de março do ano passado, o 3° sargento da Marinha Marcos Hilton Chaves Cardoso, de 36 anos, recebeu R$ 1.162,78 de salário líquido. Mordido pelo terceiro empréstimo consignado, o contracheque de fevereiro viera ainda mais magro. Naquela época, o militar contabilizava três descontos em folha: um era de R$ 1.249,14, até agosto de 2014; outro, de R$ 110,62, até setembro de 2015; e um terceiro abiscoitava R$ 244,94, até janeiro de 2016 — a mordida chegava a R$ 1.604,70.
No mês seguinte, a batalha bancária deflagrada pelo Banco do Brasil, que reduziu os juros de suas linhas de crédito e levou todo o setor a fazer o mesmo, animou Hilton a tentar, em junho, transferir os empréstimos do Santander — onde recebe o salário — para outro banco que oferecesse melhores condições, recorrendo à chamada portabilidade de dívida, em que uma instituição “compra” a dívida do cliente de outra para atraí-lo a suas bases. Com o nome negativado devido a uma fatura não paga, ele não obteve sucesso:
— Fui a todos os bancos, mas eram tantas exigências, que logo percebi que aquilo era só para quem não precisava. As taxas anunciadas eram pura propaganda enganosa — reclama o militar: — Queriam estender para 48 vezes um empréstimo que eu quitaria em 19 parcelas, e só iriam diminuir a dívida em R$ 200. No fim, ia aumentar o endividamento...
O economista Fernando de Holanda Barbosa Filho, da Fundação Getulio Vargas (FGV), reconhece a dificuldade do militar, mas recomenda que endividados pesquisem e usem a portabilidade para pagar menos juros, desde que não se alterem os prazos.
Consumo consciente
Na casa da família Cardoso, lâmpada acesa à toa não tem mais vez. Aliás, todos os modelos incandescentes foram trocados por fluorescentes, mais econômicos, pela Light. E ar-condicionado ligado a madrugada toda, nem pensar. Como a meta era economizar em tudo, Andreia Cardoso, de 32 anos, convocou a família para a missão. Até as crianças entraram no jogo.
— O Daniel ficou com mania de economizar! No calorão de dezembro, achamos que a conta de luz viria em mais de R$ 200. Normalmente, a fatura chega entre R$ 90 e R$ 100. Mas, mesmo usando ar-condicionado quase o dia todo, pagamos R$ 128 — orgulha-se Andreia, que adquiriu o hábito de se levantar de madrugada para desligar o aparelho.
A dona de casa segue outras dicas da cartilha de uso consciente de energia: utiliza mais a luz natural, mantendo as cortinas abertas; não deixa os eletrodomésticos ligados na tomada; e mantém o chuveiro elétrico na posição “verão”, em que o consumo é 30% menor, segundo a Light.
No mês seguinte, a batalha bancária deflagrada pelo Banco do Brasil, que reduziu os juros de suas linhas de crédito e levou todo o setor a fazer o mesmo, animou Hilton a tentar, em junho, transferir os empréstimos do Santander — onde recebe o salário — para outro banco que oferecesse melhores condições, recorrendo à chamada portabilidade de dívida, em que uma instituição “compra” a dívida do cliente de outra para atraí-lo a suas bases. Com o nome negativado devido a uma fatura não paga, ele não obteve sucesso:
— Fui a todos os bancos, mas eram tantas exigências, que logo percebi que aquilo era só para quem não precisava. As taxas anunciadas eram pura propaganda enganosa — reclama o militar: — Queriam estender para 48 vezes um empréstimo que eu quitaria em 19 parcelas, e só iriam diminuir a dívida em R$ 200. No fim, ia aumentar o endividamento...
O economista Fernando de Holanda Barbosa Filho, da Fundação Getulio Vargas (FGV), reconhece a dificuldade do militar, mas recomenda que endividados pesquisem e usem a portabilidade para pagar menos juros, desde que não se alterem os prazos.
Consumo consciente
Na casa da família Cardoso, lâmpada acesa à toa não tem mais vez. Aliás, todos os modelos incandescentes foram trocados por fluorescentes, mais econômicos, pela Light. E ar-condicionado ligado a madrugada toda, nem pensar. Como a meta era economizar em tudo, Andreia Cardoso, de 32 anos, convocou a família para a missão. Até as crianças entraram no jogo.
— O Daniel ficou com mania de economizar! No calorão de dezembro, achamos que a conta de luz viria em mais de R$ 200. Normalmente, a fatura chega entre R$ 90 e R$ 100. Mas, mesmo usando ar-condicionado quase o dia todo, pagamos R$ 128 — orgulha-se Andreia, que adquiriu o hábito de se levantar de madrugada para desligar o aparelho.
A dona de casa segue outras dicas da cartilha de uso consciente de energia: utiliza mais a luz natural, mantendo as cortinas abertas; não deixa os eletrodomésticos ligados na tomada; e mantém o chuveiro elétrico na posição “verão”, em que o consumo é 30% menor, segundo a Light.
Fonte: Extra - Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário