quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Marina Silva quer ser o “novo” na disputa eleitoral de 2014



Por Raphael Di Cunto | VALOR ECONOMICO

SÃO PAULO - Depois da onda de renovação nas eleições de 2012, a ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (sem partido) quer ser o novo em 2014. Pré-candidata à Presidência, Marina defendeu na noite desta terça-feira que o partido que pretende fundar representará “uma nova cultura política, com novos ideais”. “Precisamos de novos processos e novas estruturas”, afirmou Marina Silva, ex-PT e ex-PV, em debate sobre a nova legenda que pretende fundar.
O discurso do “novo” foi a tônica das eleições municipais de 2012, capitalizado pela vitória de Fernando Haddad (PT) à Prefeitura de São Paulo. Marina, que nesta terça-feira pregou a “dispersão desagregadora” e a “agregação dispersiva” do movimento “Nova Política”, que a acompanha desde que rompeu com o PV em 2011, disse lamentar que o PT não tenha conseguido se reinventar.
“Infelizmente, [o PT] não foi capaz de se reelaborar para construir a utopia do século XXI”, afirmou. Na plateia, uma faixa criticava o PT, com os dizeres: “Chega dos mesmos, ética não rima com mensalão”.
Para a ex-senadora, essa utopia é um Brasil com desenvolvimento sustentável, culturalmente diverso e com distribuição social da riqueza. “É isso que nos agrega. Somos como um monte de brasas, que sozinhas não produzem calor para esquentar esta sala, mas juntas são capazes de aquecê-la”, disse.
No debate, Marina recebeu, dos cerca de 200 presentes, apoio à criação do novo partido, o que permitirá, caso venha a ser efetivado, que a ex-senadora concorra novamente à Presidência da República. O papel das legendas partidárias na sociedade foi bastante criticado no evento. “Os partidos sequestraram a democracia”, acusou um dos presentes, para aplausos gerais. Mas houve um certo consenso de que, como o sistema eleitoral não permite candidaturas avulsas, esta será a única saída.
(Raphael Di Cunto | Valor)

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