O levantamento analisou uma média de 450 mil europeus, entre homens e mulheres que consumiam grande quantidade de carne processada. Nesta população, a redução do consumo de carne processada para menos de 20 gramas por dia iria impedir mais de 3% de todas as mortes.
Como o consumo de carne processada é um fator de risco evitável, as autoridades sanitárias deveriam incluir informações específicas sobre a redução do consumo de carne processada, sugerem os autores do estudo.
A Perspectiva Europeia de Investigação sobre Câncer e Nutrição (Epic, na sigla em inglês), foi realizada entre voluntários com idade entre 35 e 69 anos, sem histórico de câncer, derrame, ou enfarte. Os voluntarios forneceram dados sobre o que comiam, se fumavam, as atividades físicas e o índice de massa corporal.
O levantamento, no entanto, não concluiu que o consumo de carne vermelha fresca, sem ser processada, fez diferença nas causas de mortalidade investigadas. O mesmo ocorreu com a carne de aves.
De cada 17 pessoas acompanhadas, m média por 13 anos, uma morreu. Mas aquelas que comiam mais de 160 gramas de carne processada por dia - o equivalente a duas salsicha e uma fatia de bacon - foram 44% mais propensas a morrer durante o período da pesquisa que aquelas que comiam cerca de 20 gramas do alimento.
Ao todo, cerca de 10 mil pessoas pesquisadas morreram de câncer e outras 5.500 de problemas cardíacos. Homens e mulheres que mais consumiam carne vermelha ou carne processada tendiam a ingerir menos frutas e outros vegetais. Foram também os mais propensos a terem o hábito de fumar e com menos tendência a terem formação universitária. Outro dado importante é o fato de os homens com maior consumo de carne vermelha consomem mais álcool que aqueles que não exageram com a carne. A tendência, no entanto, não foi confirmada entre as mulheres.
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