Surpresa
Começamos assim: - eu, tendo em mente
fingir gostar apenas: namorar,
como chamam na vida comumente
aos primeiros encontros de algum par...
Tu, disposta a prender-me ao teu olhar
por um mero capricho e, fatalmente,
depois que eu me curvasse a te adorar
trocar-me-ias por outro facilmente...
Começamos assim - logo, no entanto
- aquilo que pensei, não consegui,
nem conseguiste o que querias tanto...
E afinal - que belíssima surpresa !...
- Eu, de tanto fingir:
– gostei de ti,
tu, querendo prender: - ficaste presa !...
( Poema de J. G . de Araujo Jorge)
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