Brasília 247 - Nada tira da cabeça do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que sua inclusão na chamada 'lista de Janot' foi política. Na sua visão, ele entrou na relação dos parlamentares que serão alvo de investigação pelo Supremo Tribunal Federal, a pedido do Palácio do Planalto, para minar sua independência e enfraquecer qualquer movimento de desestabilização do governo Dilma.
Convencido de que é alvo de uma manobra palaciana, Cunha agora quer vingança. E ela virá na CPI da Petrobras, instalada na Câmara dos Deputados, que tem como presidente seu aliado Hugo Motta (PMDB-PB).
Uma das decisões tomadas pelos aliados de Cunha foi a contratação da Kroll, maior empresa de investigações do mundo, pela CPI. Para quem não se lembra, a Kroll atuou na CPI do caso PC Farias, que, em 1992, redundou no impeachment do ex-presidente Collor, e também em alguns escândalos corporativos, como a quebra da Enron.
Agora, a principal missão da empresa de investigação será rastrear as contas usadas por ex-executivos da Petrobras, como Pedro Barusco, Paulo Roberto Costa e Renato Duque. Outro alvo serão as contas no exterior de empresas de engenharia que forneceram equipamentos, navios, sondas e plataformas para a Petrobras. Com a Kroll, Cunha espera ir muito além do que a equipe do juiz Sergio Moro, do Paraná, já descobriu.
Sub-relatorias na CPI
Outra decisão tomada pelo PMDB foi a criação de quatro sub-relatorias na CPI da Petrobras. Com isso, enfraquece-se a posição do atual relator, Luiz Sérgio (PT-RJ), que se mostrava contrário a investigações com viés mais político. “O que nos motivou a tomarmos a decisão de criarmos essas relatorias é fazer a CPI funcionar, pois as comissões que realmente funcionaram em Brasília foramas CPIs que tiveram sub-relatores e como nós queremos que essa CPI da Petrobras funcione no que diz respeito à investigação e à apuração foi que nós tomamos essa decisão e criarmos as sub-relatorias”, explicou o presidente Hugo Motta (PMDB-RJ).
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