Motivada pela forte queda dos preços do petróleo, que nesta semana atingiu o patamar de US$ 40,00 por barril – seu menor nível em 11 anos –, a Petrobras pode realizar uma redução no preço da gasolina e do óleo diesel, no início do próximo ano, segundo informações de uma fonte próxima da estatal. Deverá ser realizada uma avaliação do comportamento das cotações internacionais do petróleo e das demais variáveis que compõem a fórmula dos preços de combustíveis no mercado interno, como o câmbio, até o fim deste mês.
Mesmo com a notícia, ações da petrolífera subiram 3% nos primeiros minutos de negócios da Bovespa, ontem, acompanhando a alta do petróleo. Às 10h21, os papéis ordinários da estatal subiam 2,93%, a R$ 8,79, enquanto os ativos PN marcavam ganhos de 2,8%, cotados a R$ 6,98. Ao mesmo tempo, o barril do petróleo WTI, negociado em Nova York, subia 1,49%, US$ 36,68.
Segundo a fonte, a Petrobras adota, agora, uma regra que determina a avaliação a cada três meses da evolução dos preços com a fórmula interna. A Petrobras diz que a política de preços da companhia “permanece com o objetivo de alinhamento entre os preços domésticos e internacionais”.
Obstáculo
Conforme explicações de analistas da LCA Consultores, desde setembro, quando ocorreram os últimos reajustes, as defasagens da companhia estão um pouco abaixo de 20% para a gasolina e em torno de 25% para o diesel. “O grande obstáculo para a redução é a necessidade de geração de caixa por parte da empresa para reduzir o seu elevado endividamento”, disseram, em relatório.
Conforme explicações de analistas da LCA Consultores, desde setembro, quando ocorreram os últimos reajustes, as defasagens da companhia estão um pouco abaixo de 20% para a gasolina e em torno de 25% para o diesel. “O grande obstáculo para a redução é a necessidade de geração de caixa por parte da empresa para reduzir o seu elevado endividamento”, disseram, em relatório.
Corroborando com a hipótese da necessidade de recursos, outra fonte ligada à estatal considera pouco provável que a Petrobras consiga reduzir preços. Isso porque, de acordo com esta fonte, com o preço do petróleo baixo, a única forma de melhorar o caixa da estatal é mantendo os preços elevados.
Embora não haja uma decisão, até agora, quanto ao preço dos combustíveis, ao encerrar o mês de dezembro, a Petrobras observará a média em que os preços foram fechados e, por uma condição comercial, pode ser necessário reduzir o prêmio (valor acima dos preços internacionais) sobre o combustível.
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