*Jornalista Inês Aparecida sobre sobre o atentado ao senador Cid Gomes
Os tiros que atingiram Cid Gomes e tudo o mais que envolve o episódio dão uma oportunidade valiosa para que a imprensa faça jornalismo. E a imprensa não está fazendo jornalismo? Pergunto e também respondo:de uns tempo pra cá, faz não. Faz pirotecnia, show, escamoteia, dissimula, esconde notícia e até desinforma. Mas antes que apanhe, digo que há exceções e são nessas exceções que se aguarda uma verticalização nos dados que estão se apresentando de uma forma que, por enquanto, pode aparecer aleatória.
Como o senador Cid Gomes (PDT-CE) felizmente está se recuperando, fora da zona de perigo, a “imprensa livre” pode então se ater a esmiuçar, por exemplo, o que faziam aqui Sérgio Queiroz e Herbert Barros, ambos do Ministério da Damares; os deputados federais Alberto Neto, do Amazonas e Major Fabiana, do Rio de Janeiro. Os dois parlamentares, “terrivelmente” bolsonaristas, assim como os assessores do Ministério da Senhora da Goiabeira.
Oficialmente vieram para ajudar numa negociação com o Governo do Estado, segundo o deputado Cap. Vagner, mentor dos movimentos de insubordinação dentro da Policia Militar. Basta lembrar o final de 2011 e começo de 2012.Mas a leitura a fazer vai mais além e o fio da meada pode começar com o tema “desestabilização de um Governo petista”. Seria tudo que os milicianos do Planalto e suas facções estaduais desejariam. E se possível, ampliar as ondas para os outros Estados nordestinos, a região “rebelde” que deu maioria de votos a Fernando Haddad.
Portanto, deixando politiquices de lado – Cid foi intempestivo, Cid é destrambelhado, Cid é irmão do Ciro ,Cid é autoritário etc - vamos tirar uma lição didática e proveitosa do caso. Antes que seja tarde , é bom que se diga..
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