Operação combate pornografia infantil
no Brasil e em mais quatro países
Busca é por arquivos com conteúdo de crimes de exploração sexual praticados contra menores de idade. Policiais tentam cumprir 112 mandados em 12 estados brasileiros e na Colômbia, nos Estados Unidos, no Paraguai e no Panamá.
Por Gabriel Palma, TV Globo
Policiais de 12 estados do Brasil e de mais quatro países começaram a cumprir na manhã desta terça-feira (18) 112 mandados de busca e apreensão, na sexta fase da Operação Luz na Infância. O objetivo é combater a pornografia infantil e a exploração sexual de crianças e adolescentes.
Até as 11h30, último balanço divulgado pela operação, 38 suspeitos haviam sido presos em flagrante e 187 mil arquivos foram levados para análise (veja abaixo detalhes por estado).
A força-tarefa, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, busca materiais com conteúdo relacionado ao crime de exploração sexual praticado contra menores de idade. Ao todo, 579 agentes estão nas ruas.
Polícia Civil cumpre mandado de busca e apreensão em Londrina, no Paraná, no âmbito da operação Luz na Infância — Foto: Polícia Civil/Divulgação
As agências de aplicação da lei da Colômbia, Estados Unidos, Paraguai e Panamá também cumprem mandados de busca e apreensão.
A operação desta terça (18) é executada pela Polícia Civil dos seguintes estados:
- Santa Catarina – 9 presos
- São Paulo (Limeira) – 14 presos
- Rio Grande do Sul – 1 preso
- Rio de Janeiro
- Piauí
- Paraná – 6 presos
- Mato Grosso do Sul – 4 presos
- Mato Grosso – 1 preso
- Goiás – 1 preso
- Ceará – 2 presos
- Acre
- Alagoas
Polícia Civil cumpre mandado de busca e apreensão em Londrina, no Paraná, no âmbito da operação Luz na Infância, de combate à pedofilia — Foto: Polícia Civil/Divulgação
As penas para os crimes investigados variam de 1 a 8 anos de prisão. Quem armazena material de pornografia infantil tem pena de 1 a 4 anos de prisão. Para quem compartilha, a pena é de 3 a 6 anos de prisão. A punição para quem produz esse tipo de material é de 4 a 8 anos de prisão.
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Veja os balanços das fases anteriores da Operação Luz na Infância:
- Luz na Infância 1: Realizada em 20 de outubro de 2017, cumpriu 157 mandados de busca e apreensão. Foram presas 108 pessoas.
- Luz na Infância 2: Realizada em 17 de maio de 2018, cumpriu 579 mandados de busca e apreensão. Foram presas 251 pessoas.
- Luz na Infância 3: Realizada em 22 de novembro de 2018, cumpriu 110 mandados de busca e apreensão no Brasil e na Argentina. Foram presas 46 pessoas pela Polícia Civil.
- Luz na Infância 4: Realizada em 28 de março de 2019, cumpriu 266 mandados de busca e apreensão. Foram presas 141 pessoas.
- Luz na Infância 5: Realizada em 04 de setembro de 2019, cumpriu 105 mandados de busca e apreensão. Foram presas 51 pessoas. Além do Brasil, a operação foi realizada nos Estados Unidos, Equador, El Salvador, Panamá, Paraguai e Chile.
Polícia Civil cumpre mandado de busca e apreensão em Santa Catarina, no âmbito da operação Luz na Infância, de combate à pedofilia — Foto: Polícia Civil/Divulgação
Como prevenir a exploração sexual contra crianças e adolescentes
Veja recomendações do Ministério da Justiça e Segurança Pública para a prevenção de crimes de pornografia infantil e de exploração sexual contra crianças e adolescentes:
- Denúncia: diante da suspeita de algum comportamento inadequado, a família deve denunciar na polícia, procurar ajuda de profissionais da área e utilizar canais de denúncia das redes sociais para reportar eventuais crimes ou irregularidades.
- Controle parental: acompanhar o que crianças e adolescentes fazem no ambiente online. Há aplicativos e programas que permitem controlar que tipo de sites as crianças acessam, e em qual horário.
- Orientação em casa: saber e explicar como as ferramentas e as redes sociais funcionam, o tipo de informação que retêm e como as pessoas ficam expostas.
- Privacidade: verificar configurações de privacidade de redes sociais, para não deixar crianças expostas com localização identificadora de residência e outras informações pessoais.
- Atenção com estranhos: a preocupação para que as crianças não falem com estranhos na rua tem de ser estendida para a vida online, alerta o ministério.
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