Senador Cid Gomes tenta entrar em batalhão da polícia com
retroescavadeira e é baleado com tiro de bala de borracha
Policiais que protestam por aumento salarial fecharam rua de Sobral. Senador licenciado liderava ato contra paralisação de parte dos militares. Ainda não foram divulgadas informações sobre o estado de saúde do político.
Por G1-CE
Cid Gomes é baleado com tiro de bala de borracha em Sobral — Foto: Reprodução
O senador Cid Gomes (PDT-CE) foi baleado com um tiro de bala de
borracha na tarde desta quarta-feira (19) em meio a um protesto de policiais
que reivindicam aumento salarial. O senador pilotava uma retroescavadeira e
tentava furar um bloqueio feitos por policiais militares no Centro de Sobral.
Ainda não foram divulgadas informações
sobre o estado de saúde de Cid Gomes. Imagens feitas por pessoas que
acompanharam a manifestação mostram o senador consciente e com a blusa manchada
de sangue.
Durante a confusão, tiros foram
disparados na direção de Cid Gomes e quebraram os vidros do veículo utilizado
pelo senador. Conforme a assessora do político, ele
Cid Gomes, que está licenciado,
organizava um protesto contra um grupo de policiais que tenta impedir o
trabalho da Polícia Militar. Nesta quarta-feira, policiais secaram pneus de
carros da polícia para impedir que os agentes de segurança atuem na ruas.
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Em 5 de dezembro, policiais e bombeiros militares
organizaram um ato reivindicando melhoria salarial. Por
lei, policiais militares são proibidos de fazer greve.
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Em 31 de janeiro, o governo anunciou um pacote de
reajuste para soldados.
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Em 6 de fevereiro, data em que a proposta seria levada à Assembleia
Legislativa do estado, policiais e bombeiros
promoveram uma manifestação pedindo aumento superior ao sugerido.
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Em 13 de fevereiro, o governo elevou a proposta de
reajuste e anunciou acordo com os agentes de segurança. Um grupo
dissidente, no entanto, ficou insatisfeito com o pacote oferecido.
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Em 14 de fevereiro, o Ministério Público do Ceará (MPCE) recomendou ao comando da
Polícia Militar do Ceará que impedisse agentes de promover manifestações.
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Em 17 de fevereiro, a Justiça manteve a decisão sobre
possibilidade de prisão de policiais em caso de manifestações.
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Em 18 de fevereiro, três policiais foram presos em
Fortaleza por cercar um veículo da PM e esvaziar os pneus.
À noite, homens murcharam pneus de veículos de um batalhão na Região
Metropolitana.
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Em 19 de fevereiro, batalhões da Polícia Militar do Ceará foram atacados
por grupos de pessoas encapuzadas e mascaradas. Em Sobral, homens encapuzados em
carro da PM ordenaram que comerciantes fechassem as portas.
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Invasão de
batalhões policiais
Um grupo de policiais que reivindica
aumento salarial e é contrário à proposta do governo de reestruturação da
carreira da categoria realiza desde terça-feira (19) atos que a Secretaria da
Segurança considera "vandalismo" e "motim".
Na terça, três policiais foram presos
por cercarem veículo da polícia e secarem os pneus. Conforme o Governo do
Estado, o ato é uma tentativa ilegal de impedir a atuação de policiais.
Nesta quarta-feira, pelo menos quatro
batalhões da Polícia Militar foram invadidos por homens mascarados. Eles
retiraram veículos policiais das bases militares e rasgaram os pneus com
objetos cortantes.
O Governo do Estado anunciou processo contra mais de 200
policiais dissidentes. Também anunciou que solicitou o reforço da Força
Nacional e cortou o repasse de verba para associações policiais que, de acordo
com o governo, apoiam os atos grevistas.
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