E o macho, esse só aceita ser uma águia, um condor, uma gaivota, e até bate suas asas, mas apenas para se empavonar diante das inúmeras fêmeas que solitárias escancaradamente lhes fazem a corte. Fazem promessa de grande e eterno amor, quando se sabe, que suas cabeças ocas estão aquém dessa capacidade. Muitas delas, de rapina, são predadoras que na verdade, querem apenas voar, só que sem bater suas próprias asas. E ele, o macho, para alimentar seu ego, e conseguir seu intento, aceita todas as cortes, não se importando com aquela frágil avezinha que faz seu voou batendo insistentemente suas asinhas, comprometida apenas em mostrar seu carinho e curtir a dois a beleza da natureza.
E essa avezinha poderá muito bem ser uma andorinha que tenta sobreviver aos longos voos quando uma tempestade chega e anuncia a vinda do inverno. Para fugir da turbulência que se avizinha, ela prefere alçar voou, quem sabe, rumo a primavera e ao verão, passando o outono e o inverno onde a temperatura for mais amena, onde tenha mais calor. Para fugir à turbulência da competição, quer sim, ser como a andorinha, uma ave migratória. E se não puder ser uma andorinha, que seja um simples e frágil beija-flor. Agora, também não queiram fazer dela um pobre venvenzim pelado, porque também aí, já é demais! Competição, fica para os jogadores, essa andorinha ou esse beija-for fêmea, não joga, só quer viver, pois continua achando que a vida é bela.
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