O avião que transportava o presidente boliviano, Evo Morales fez pouso em Fortaleza para abastecimento. Aeronave permaneceu cerca de uma hora e meia em solo cearense.
O avião do presidente da Bolívia, Evo Morales, fez uma parada por volta das 18h30 de quarta-feira (3) no aeroporto de Pinto Martins, para reabastecimento, segundo a Empresa de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Evo Morales segue para a capital boliviana depois de participar em Moscou de um fórum de países produtores de gás. O avião partiu pouco antes das 20h.
O Avião foi impedido de entrar no espaço aéreo da França, Portugal e Itália.
Ontem, a presidenta Dilma Rousseff emitiu nota expressando seu repúdio e indignação ao constrangimento imposto ao presidente da Bolívia, Evo Morales por alguns países europeus que impediram o sobrevoo do avião presidencial boliviano por seu espaço aéreo.
De acordo com a nota, o constrangimento não atinge somente a Bolívia, mas toda a América Latina, o que compromete o diálogo entre os continentes e possíveis negociações entre eles.
Confira na íntegra:
O governo brasileiro expressa sua indignação e repúdio ao constrangimento imposto ao presidente Evo Morales por alguns países europeus, que impediram o sobrevoo do avião presidencial boliviano por seu espaço aéreo, depois de haver autorizado seu trânsito.
O noticiado pretexto dessa atitude inaceitável – a suposta presença de Edward Snowden no avião do Presidente –, além de fantasiosa, é grave desrespeito ao Direito e às práticas internacionais e às normas civilizadas de convivência entre as nações. Acarretou, o que é mais grave, risco de vida para o dirigente boliviano e seus colaboradores.
Causa surpresa e espanto que a postura de certos governos europeus tenha sido adotada ao mesmo momento em que alguns desses mesmos governos denunciavam a espionagem de seus funcionários por parte dos Estados Unidos, chegando a afirmar que essas ações comprometiam um futuro acordo comercial entre este país e a União Europeia. O constrangimento ao presidente Morales atinge não só à Bolívia, mas a toda América Latina. Compromete o diálogo entre os dois continentes e possíveis negociações entre eles. Exige pronta explicação e correspondentes escusas por parte dos países envolvidos nesta provocação.
O governo brasileiro expressa sua mais ampla solidariedade ao presidente Evo Morales e encaminhará iniciativas em todas instâncias multilaterais, especialmente em nosso continente, para que situações como essa nunca mais se repitam.
Dilma Rousseff, Presidenta da República Federativa do Brasil
Fonte: Palácio do Planalto
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