2014: O ano das candidaturas femininas
Por Noelia Brito, especial para o Blog de Jamildo
A eleição presidencial do próximo ano tem tudo para diferenciá-la de todas as já havidas até hoje: será o ano das candidaturas femininas.
Além da candidatura à reeleição da atual ocupante do Palácio do Planalto, a presidente ou presidenta, como Dilma Rousseff (PT) prefere ser chamada, já temos pelo menos mais quatro candidatas mulheres dispostas à concorrerem ao cargo de mandatária máxima da Nação.
Semana passada esteve no Recife, trazida pelo vereador Raul Jungmann e já em ritmo de pré-campanha, a ex-vereadora de São Paulo e ex-VJ da MTV, Soninha Francine. Embora o presidente do seu Partido, o PPS, venha costurando uma aliança com a candidatura do governador Eduardo Campos e da ex-ministra Marina Silva, Soninha representa uma ala do PPS que entende que o partido deve retomar os voos solos, já experimentados em outros tempos pelo próprio Roberto Freire e pelo ex-ministro Ciro Gomes.
Outra possibilidade que se apresenta é a candidatura da ex-procuradora do Estado de São Paulo e ex-diretora da ANAC, Denise Abreu, pelo PEN, Partido Ecológico Nacional, que, em Pernambuco, é dirigido por um dos filhos do deputado Sílvio Costa, João Paulo Costa.
Durante o fim de semana vários jornais de grande circulação do País noticiaram que a ex-deputada federal, Luciana Genro já estaria percorrendo o país em clima de pré-campanha e que seu nome já teria recebido pelo menos dois apoios de peso dentro do PSOL, seu Partido, o do ex-candidato a presidente Plínio de Arruda Sampaio e o do deputado estadual do Rio de Janeiro, segundo colocado nas últimas eleições para prefeito da capital fluminense, Marcelo Freixo. Um vídeo postado no YouTube, inclusive, confirma o apoio de Freixo à postulação de Luciana a ser a candidata do PSOL e, quiçá, de uma Frente de Esquerda, composta ainda pelo PSTU e o PCB. Internamente, Luciana Genro sofre resistência do grupo ligado ao senador Randolfe Rodrigues e ao atual presidente da legenda, Ivan Valente, que defendem coligações mais amplas, como as feitas pelo PSOL no Amapá e que elegeu o prefeito de Macapá, com uma possível candidatura do próprio Randolfe.
Por fim, uma possível candidatura da ex-ministra Marina Silva, encabeçando a chapa do PSB, em substituição a de Eduardo Campos, não pode ser descartada, em especial diante das últimas pesquisas que ainda persistem em demonstrar que a candidatura da fundadora do Rede Sustentabilidade, ainda em vias de legalização, continua sendo a única a impor certo risco à reeleição de Dilma Rousseff.
Acaso confirmadas as pré-candidaturas já postas, pelo menos quatro candidatas estariam na disputa presidencial do ano que vem, se Marina se somar a elas, chegaríamos ao impressionante número der cinco candidaturas femininas.
Um ponto que chama atenção nessas candidaturas e isso sem entrar no viés ideológico de nenhuma delas é que, à exceção da ex-deputada Luciana Genro, que é filha do governador do Rio Grande do Sul, o petista Tarso Genro, a quem, inclusive, faz oposição em seu estado e a nível nacional, nenhuma das candidatas ou pré-candidatas tem histórico familiar na política. Todas entraram, portanto, por suas próprias pernas ou vocação, o que, em si, já pode ser considerado mais um avanço, quando pensamos que até bem pouco tempo, as mulheres na política ou eram filhas ou mães ou esposas de algum cacique político, embora essa prática ainda seja bastante comum, folga-nos saber que pelo menos para um cargo como o de presidente da República, esse critério patriarcal não esteja sendo levado em consideração na escolha das candidatas ou pré-candidatas.
O que essas candidatas têm para oferecer ao país, algumas já disseram por suas ações ou omissões nos cargos que exercem ou exerceram, mas, certamente, a campanha que se aproxima trará um pouco mais de transparência ao debate, em especial porque será fortemente travado via Redes Sociais. É acompanhar e conferir.
Noelia Brito é advogada e procuradora do Município
A eleição presidencial do próximo ano tem tudo para diferenciá-la de todas as já havidas até hoje: será o ano das candidaturas femininas.
Além da candidatura à reeleição da atual ocupante do Palácio do Planalto, a presidente ou presidenta, como Dilma Rousseff (PT) prefere ser chamada, já temos pelo menos mais quatro candidatas mulheres dispostas à concorrerem ao cargo de mandatária máxima da Nação.
Semana passada esteve no Recife, trazida pelo vereador Raul Jungmann e já em ritmo de pré-campanha, a ex-vereadora de São Paulo e ex-VJ da MTV, Soninha Francine. Embora o presidente do seu Partido, o PPS, venha costurando uma aliança com a candidatura do governador Eduardo Campos e da ex-ministra Marina Silva, Soninha representa uma ala do PPS que entende que o partido deve retomar os voos solos, já experimentados em outros tempos pelo próprio Roberto Freire e pelo ex-ministro Ciro Gomes.
Outra possibilidade que se apresenta é a candidatura da ex-procuradora do Estado de São Paulo e ex-diretora da ANAC, Denise Abreu, pelo PEN, Partido Ecológico Nacional, que, em Pernambuco, é dirigido por um dos filhos do deputado Sílvio Costa, João Paulo Costa.
Durante o fim de semana vários jornais de grande circulação do País noticiaram que a ex-deputada federal, Luciana Genro já estaria percorrendo o país em clima de pré-campanha e que seu nome já teria recebido pelo menos dois apoios de peso dentro do PSOL, seu Partido, o do ex-candidato a presidente Plínio de Arruda Sampaio e o do deputado estadual do Rio de Janeiro, segundo colocado nas últimas eleições para prefeito da capital fluminense, Marcelo Freixo. Um vídeo postado no YouTube, inclusive, confirma o apoio de Freixo à postulação de Luciana a ser a candidata do PSOL e, quiçá, de uma Frente de Esquerda, composta ainda pelo PSTU e o PCB. Internamente, Luciana Genro sofre resistência do grupo ligado ao senador Randolfe Rodrigues e ao atual presidente da legenda, Ivan Valente, que defendem coligações mais amplas, como as feitas pelo PSOL no Amapá e que elegeu o prefeito de Macapá, com uma possível candidatura do próprio Randolfe.
Por fim, uma possível candidatura da ex-ministra Marina Silva, encabeçando a chapa do PSB, em substituição a de Eduardo Campos, não pode ser descartada, em especial diante das últimas pesquisas que ainda persistem em demonstrar que a candidatura da fundadora do Rede Sustentabilidade, ainda em vias de legalização, continua sendo a única a impor certo risco à reeleição de Dilma Rousseff.
Acaso confirmadas as pré-candidaturas já postas, pelo menos quatro candidatas estariam na disputa presidencial do ano que vem, se Marina se somar a elas, chegaríamos ao impressionante número der cinco candidaturas femininas.
Um ponto que chama atenção nessas candidaturas e isso sem entrar no viés ideológico de nenhuma delas é que, à exceção da ex-deputada Luciana Genro, que é filha do governador do Rio Grande do Sul, o petista Tarso Genro, a quem, inclusive, faz oposição em seu estado e a nível nacional, nenhuma das candidatas ou pré-candidatas tem histórico familiar na política. Todas entraram, portanto, por suas próprias pernas ou vocação, o que, em si, já pode ser considerado mais um avanço, quando pensamos que até bem pouco tempo, as mulheres na política ou eram filhas ou mães ou esposas de algum cacique político, embora essa prática ainda seja bastante comum, folga-nos saber que pelo menos para um cargo como o de presidente da República, esse critério patriarcal não esteja sendo levado em consideração na escolha das candidatas ou pré-candidatas.
O que essas candidatas têm para oferecer ao país, algumas já disseram por suas ações ou omissões nos cargos que exercem ou exerceram, mas, certamente, a campanha que se aproxima trará um pouco mais de transparência ao debate, em especial porque será fortemente travado via Redes Sociais. É acompanhar e conferir.
Noelia Brito é advogada e procuradora do Município
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