Em discurso nessa segunda-feira (21), o senador Pedro Simon (PMDB-RS) lembrou que a descoberta dos campos petrolíferos da camada pré-sal durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva gerou muito otimismo no país, manchetes de jornal e comemorações por parte do governo. Agora, comparou, o leilão do primeiro campo do pré-sal aconteceu em “clima de guerra”, com tropas do Exército e da Força Nacional enfrentando manifestantes contrários ao leilão.
- Não se sente, nem nas manchetes dos jornais, nem nas notícias que estão saindo, aquela alegria, aquele festival espetacular que deveria ter saído. O governo não conseguiu esclarecer como devia uma matéria tão importante quanto esta – afirmou.
Simon disse que ele, Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Roberto Requião (PMDB-PR) entraram com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a suspensão do leilão por possíveis prejuízos ao patrimônio nacional. O próprio ex-presidente da Petrobras Sérgio Gabriellli já se manifestou contrário à realização desse leilão, registrou o senador.
Simon colocou em dúvida se o governo e a Petrobras darão continuidade à implantação de refinarias no Brasil, ou se todo esse petróleo será industrializado nos países vencedores do leilão, como a China.
O senador observou que, se o petróleo fosse industrializado no Brasil, geraria crescimento e emprego. Ele lamentou que a discussão sobre a exploração do petróleo do pré-sal não tenha sito feita com a sociedade e com o Congresso Nacional.
- Praticamente, eu diria que foi feita na marra – sustentou.
Simon informou que tentará arranjar apoio de outros colegas para convocar dirigentes da Petrobras para prestarem esclarecimentos ao Senado sobre o leilão do Campo de Libra.
(Agência Senado)
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