Aeroporto no Piauí só serve para plantio de melancias
Roberto Bulhões
Enquanto o Aeroporto Regional do Cariri sediado em Juazeiro do Norte, Ceará, se recente de melhorias urgentes para ampliar seu funcionamento, no município de São Raimundo Nonato, Piauí existe um Aeroporto Internacional que custou nada menos que 18 milhões de reais e só serve para abrigar uma plantação de melancia. Os únicos voos do local são dos urubus e de alguns figurões com seus jatinhos particulares que esnobam suas riquezas de vez em quando pela região. A denúncia foi feita recentemente numa reportagem de Neyara Pinheiro, exibida no Jornal da Globo do último dia (25/02), onde mostrou que o moderno aeroporto está abandonado e tem uma despesa mensal de manutenção de R$ 150 mil. Uma vergonha sem precedentes.
A pomposa festa de inauguração que acontece no mês de outubro do ano passado, mostrou a ineficiência do poder público em fazer uma obra voltada para o povo. A obra suntuosa do aeroporto de São Raimundo impressiona que chega até a estação de passageiros, completamente entregue as traças. Não embarca nem desembarca ninguém, uma vez que voos regulares, nacional ou internacional, nunca pousaram por lá. O mesmo acontece com o Aeroporto de Parnaíba, outra obra suntuosa no Piauí, bancada com verba do Governo Federal e com um custo operacional alto sem receber voos regulares.
CRESCIMENTO
Ao contrário dos dois aeroportos piauienses que consumiram milhões e ainda consomem, mesmo sem funcionamento, o aeroporto de Juazeiro do Norte vem crescendo anualmente e recebendo as maiores empresas de aviação do país. As dificuldades em liberar verbas para a construção de uma nova estação de passageiros, bem como para a implantação do sistema de voos por instrumentos, são alarmantes. O pouso das aeronaves em Juazeiro do Norte continuam visual e, quando o tempo fica nublado ou chove, as dificuldades são enormes.
Não é de hoje que se implora por melhorias no aeroporto juazeirense, que atende, além do Sul e Centro Sul do Ceará, parte dos estados da Paraíba, Piui, Pernambuco e rio Grande do Norte. A única pista de pouso foi construída no governo Virgílio Távora, enquanto as melhorias recente, no modelo “puxadinhos’' mostra as dificuldades enormes enfrentadas por um aeroporto, cuja movimentação de passageiros bate algumas capitais e dezenas de cidades em todo Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário