Impeachment
de Dilma pode resultar na prisão
de dez
ministros, hoje com foro privilegiado
Pelo menos dez ministros de estado do atual governo, ainda
circulam pelas ruas com tranquilidade, sem riscos de prisão, em razão do foro
privilegiado.
A relação de encrencados começa pelo próprio Jacques Wagner,
atualmente o homem mais próximo da presidente, citado na delação premiada de
Nestor Cerveró e envolvido criminosamente no esquema em razão de mensagens
encontradas no celular de Léo Pinheiro, que denunciam a atuação do
ex-governador da Bahia na intermediação de negócios entre a OAS e fundos de pensão.
Aloisio Mercadante, ministro da Educação, envolveu-se na
prática de obstrução da Justiça ao tentar silenciar o senador Delcídio do
Amaral.
José Eduardo Cardozo, ex-ministro da Justiça e atual
advogado geral da União, também está envolvido no esquema, segundo o ex-lider
do governo no Senado.
Edinho Silva, da Secretaria de Comunicação da Presidência,
está enrolado até o pescoço. Ele é citado na delação premiada do empresário
Ricardo Pessoa como beneficiário do esquema de propinas na Petrobras e aparece
como responsável por obter recursos junto a farmacêuticas, por meio de
contratos fictícios, para pagar despesas da campanha de 2014.
Os peemedebistas Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), ministro
do Turismo, e Celso Pansera (PMDB-RJ), ministro da Ciência, Tecnologia e
Inovação, também são investigados.
O ministro da Saúde, Marcelo Castro (PMDB-PI) aguarda
decisão do Tribunal Superior Eleitoral acerca de uma denúncia por compra de
votos na sua campanha a deputado federal. Apresentada pelo Ministério Público
Eleitoral, a ação pede a cassação de seu mandato e a aplicação de uma multa.
Seu correligionário Helder Barbalho (PMDB-PA), ministro de
Portos, foi acusado pelo Ministério Público Federal de desviar recursos
destinados a programas de saúde de Ananindeua (PA), no período em que era
prefeito, a partir de uma auditoria do Ministério da Saúde nos contratos feitos
com a Prefeitura de Ananindeua, em 2014.
Nelson Barbosa, da Fazenda, também entrou na mira da
Justiça. O relatório de uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU)
recém concluída propõe banir de funções públicas o ministro.
E o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nomeado para a
Casa Civil, mas com a posse suspensa por determinação judicial, foi salvo
recentemente pelo ministro Teori Zavascki, vez que o seu caso já estava nas
mãos do juiz Sérgio Moro e, por enquanto, permanece no STF em razão do
envolvimento da própria presidente.
(Brasil Querido)
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