Justiça derruba liminar, e Lula volta a ser ministro de Dilma
Pedro Ladeira/Folhapress | ||
Presidente Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva (Casa CivilDeu |
DE BRASÍLIA
Deu no Folha
Do Uol
Deu no Folha
Do Uol
A segunda liminar (decisão
provisória) que suspendeu a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
como ministro da Casa Civil foi derrubada nesta sexta-feira (18) pelo Tribunal
Regional Federal da 2ª Região, no Rio.
Segundo a Folha apurou com fontes ligadas ao governo,
como até agora não há outra liminar impedindo a posse, Lula deve retornar ao
cargo.
Tribunais em
todo o país já receberam mais de 50 ações tentando impedir a posse de Lula no
governo, segundo dados da AGU (Advocacia Geral da União). Outras 13 foram
protocoladas no STF (Supremo Tribunal Federal).
O TRF 2
admitiu recurso da AGU. A liminar foi cassada pelo vice-presidente do TRF2,
Reis Friede, que entendeu que a juíza da 6ª Vara federal do Rio, Regina Coeli
Formisano, não tinha competência para impedir a posse, sendo que a nomeação de
ministro trata de um ato da Presidência, que deve ser apreciado pelo Supremo
Tribunal Federal".
O
vice-presidente também ressaltou que não cabe ao Judiciário se imiscuir em
considerações de caráter político, já que deve se limitar a observar a correta
aplicação das leis e da Constituição.
"Não se
pode olvidar, principalmente em um momento de clamor social como o que vivemos,
que os atos administrativos gozam de presunção de legalidade, veracidade e
legitimidade, a qual somente pode ser afastada mediante prova cabal, constante
nos autos, acerca de sua nulidade", ressaltou.
Ainda, o
vice-presidente entendeu que a liminar poderia acarretar grave lesão à ordem e
à economia públicas, "tendo em vista o risco de agravamento da crise
político-social que a nação atravessa".
Nesta quinta
(17), o TRF 1 já havia revertido uma decisão liminar da Justiça de Brasília que
tinha impedido Lula no cargo.
As ações
apontam principalmente que a nomeação de Lula representa claro desvio de
finalidade do ato administrativo, cujo objetivo principal, como dito, é alterar
o foro competente" para as investigações envolvendo Lula, o tirando do
alcance do juiz do Paraná Sérgio Moro.
Para
ministros do STF e juristas, o ato de Dilma, se comprovado, pode representar
até crime de responsabilidade e tentativa de obstrução da Justiça.
Partidos da
oposição e pessoas entraram no STF com outras 13 ações também pedindo o veto a Lula
ocupar cargos no primeiro escalão do governo.
A maioria
das ações (nove) estão com a relatoria do ministro Gilmar Mendes, um dos mais
críticos ao governo. Os ministros Teori Zavascki e Marco Aurélio também são
relatores de outras ações.
O governou
pediu ao STF para suspender a tramitação em todo o país de ações na Justiça que
tentam impedir que o ex-presidente Lula assuma um cargo no governo até que o
tribunal defina a situação do petista.
O pedido da
AGU será analisado pelo ministro Teori Zavascki, que é relator de duas ações de
Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental.
Teori já deu
prazo de cinco dias para que a Presidência, a Procuradoria-Geral da República e
a AGU se manifestem sobre essas ações.
Para o
ministro Gilmar Mendes, o telefonema entre a presidente Dilma Rouseff e o
ex-presidente Lula pode caracterizar crime de responsabilidade por parte da
petista.
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